quarta-feira, agosto 09, 2006

Frase do dia

"Se não vês o brilho da estrela na noite escura, a culpa não é da estrela mas de ti mesmo".

Leonardo Boff

PF prende 49 na Operação Isaias

Dos 54 mandados de prisão temporária, 49 foram cumpridos nesta quarta-feira(9) durante a operação Isaías, chefiada pela Polícia Federal do Amapá. A ação aconteceu em São Paulo, Amapá, Santa Catarina e Pará. Entre os suspeitos estão funcionários do Ibama e de órgãos públicos como Polícia Militar e Procuradoria. A polícia no Amapá deu ordem de prisão também para o secretário de agricultura do muncípio de Afuá, José Vicente Lobato Oliveira. Em Belém, dois madeireiros estão detidos na sede da PF.

Os empresários Dionei Wensing e Alessandro Odorisi são proprietários de madeireiras no muncípio de Moju, na região nordeste do estado. Segundo a Polícia Federal, eles são acusados de forjar o roubo das ATPFS das madeireiras deles para vendê-las e depois solicitar outras ao Ibama.

As investigações começaram a partir de diversas denúncias de adulteração de ATPFs originárias do Amapá/AP, que eram negociadas com empresários de outros estados, notadamente Pará e Santa Catarina, a fim de legitimar o corte ilegal de madeira. Os valores variavam entre R$1 mil e R$5 mil. De acordo com levantamentos do Ibama, as empresas envolvidas movimentaram cerca de R$53 milhões na comercialização de produtos florestais, inclusive de empresas fantasmas ou desativadas.

O esquema fraudulento envolvia, entre outras ações, a aprovação de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) fora das normas legais, que não eram explorados nos locais indicados, servindo apenas para gerar créditos inexistentes e propiciar a retirada de ATPFs destinadas a acobertar a comercialização ilegal da madeira.

Os presos responderão por peculato, falsidade ideológica, inserção de dados falsos, corrupção passiva e ativa, contrabando e descaminho, formação de quadrilha e outros.
A polícia no Amapá continua atrás dos outros envolvidos pra cumprir todos os mandados de prisão.
O Liberal

Almir e Jáder em Itaituba no final de semana


Almir Gabriel chega na sexta, visita municípios vizinhos e à noite participa de comício. Sua popularidade em Itaituba é bastante grande. Pesquisas oficiosas dão conta de que é o primeiro colocado por aqui, bem distante do segundo, que é Priante.

Jáder Barbalho passa longas temporadas sem dar as caras em Itaituba, mas tem eleitorado cativo. Na mais recente pesquisa, também oficiosa, apareceu como o segundo colocado, bem atrás do candidato a deputado federal da terra, Dudimar Paxiúba. Se ele resolver andar mais por estas bandas, faria estragos.

Jáder vai visitar Aveiro, Trairão e Novo Progresso. Sábado pernoitará
em Itaituba, onde fará comício ao lado de José Priante, candidato a
governador, do candidato a vice, Hildegardo Nunes e do senador Luis
Otávio, candidato a reeleição. O candidato a deputado estadual Wilmar
Freire e Valmir Climaco, serão os anfitriões da caravana do PMDB. Posted by Picasa

Rede Globo abre exceção para Lula

É absolutamente constrangedor para os demais candidatos ter que engolir esse papo: "Não sei direito quando sou presidente ou quando sou candidato.A série de entrevistas que o Jornal Nacional (Globo) iniciou onteontem quebrará as regras pré-estabelecidas.

O PT ou será Lula? Negocia nos bastidores condições e prerrogativas "especiais"para a entrevista de quinta (10) do presidente Lula ao “Jornal Nacional”.A entrevista, ao vivo, será no Palácio Alvorada, obrigando William Bonner ir para Brasília, descaracterizando o formato das entrevistas anteriores.

Porque a entrevista não será no estúdio do “JN”, como ocorreu com os demais candidatos?O fato é vergonhoso, porque aos olhos da população, Lula falará como presidente reeleito, o que o TSE poderá entender como favorecimento à sua candidatura.

Alô Ministério Público!?Segundo nota do Claudio Humberto, publicada em sua coluna hoje, os coordenadores da campanha de reeleição do presidente-candidato ou candidato-presidente. Nem ele sabe! Há temor de “espancamento” idêntico ao do tucano Geraldo Alckmin, segunda-feira, e o PT só admite uma pergunta sobre denúncias de ladroagens no governo.

Resumindo: Confunde-se ao bel prazer o que é institucional com o que seja igualdade de condições entre os candidatos em disputa. Tenta-se pautar um programa naquilo que mais está atraindo a curiosidade do eleitor.

Afinal o povo quer ouvir da boca do presidente-candidato ou candidato-presidente, o que tem a dizer sobre mensalão, Jenoíno, cuecão, Chamechuga, Humberto Costa, Carequinha...Mas, ao que tudo indica a Plim-Plim, está armando o circo do PIRLIMPIMPIM 3, já que a trilha sonora da segunda edição do musical infantil, da própria Rede Globo, você pode conferir aqui.
Fonte: blog Pelos Corredores do Planalto

Diniz quer nome de Wirland no novo estádio

O vereador Manoel Diniz apresentou requerimento que ainda não foi apreciado, pedindo que seja dado o nomo do ex-prefeito Wirland Freire ao estádio que será construído no km 5.

O requerimento foi assinado foi assinado por mais nove vereadores, o que significa dizer que sua votação será mera formalidade.

Resta saber qual será a posição do prefeito Roselito Soares, que ficará numa sinuca de bico. Se atender o pedido, prestigiará o maior líder que continua sendo muito cultuado pelo grupo que lhe faz oposição. Se não atender, com certeza, terá que dar muitas explicações.

Frase do dia

É triste chegar à idade em que todas as mulheres nos agradam e não podemos agradar a nenhuma delas. (A. Valdés)

Cidadãos de segunda categoria

O que se lê na grande mídia do Brasil desenvolvido é que o País bate recordes nas exportações, acumulando superávits sucessivos na balança comercial. Os grandes bancos se sucedem nos lucros semestrais. Os números da macroeconomia são sempre grandiosos e quase sempre positivos.

Enquanto isso, no andar de baixo, na turma que integra o varejo, a situação é bem diferente, mesmo englobando a esmagadora maioria dos brasileiros. Parece que vivemos em brasis diferentes, com indicadores econômicos diferentes.

Porque se preocupar com o Brasil do lado de cá, que produz pouco, que tem impacto discreto no volume total do que é exportado? O que importa se na Amazônia vivem em torno de 25 milhões de pessoas, se no resto de território nacional vivem outras mais de 160 milhões? A impressão que fica para quem teima em viver nesta imensa região amazônica é que o Poder central gostaria de fechar tudo isso para balanço, eliminando o homem desse contexto.

Tudo se proíbe, tudo se coíbe. Dificulta-se ao máximo a vida de todos nós com medidas draconianas que tornam a sobrevivência cada dia mais difícil. Assustam e preocupam as ações intimidatórias do governo, como a perpetrada há poucos dias pelo pessoal do Ibama e da Polícia Federal, que expulsou uma família de garimpeiros que vivia na área de expansão do Parque Nacional da Amazônia, que teve de abandonar o local com a roupa do corpo. Há informações de que metralharam os poucos pertences deles, incluindo as panelas.

Essa família está vivendo atualmente no bairro da Liberdade, em Itaituba, passando dificuldades, pois a única coisa que fez durante a maior parte da vida foi garimpar. Para o pessoal do Ministério do Meio Ambiente, isso não tem a menor importância. Não interessa se nos limites da área acrescida ao PARNA havia gente que vivia por lá há vinte ou trinta anos.

O mínimo que o governo poderia fazer pelas pessoas que já se encontravam há muito tempo, nessa e em outras áreas, seria indenizar as benfeitorias delas e assentá-las em outras terras onde pudessem trabalhar. Se assim agissem, estariam nossas autoridades respeitando esse povo que também é brasileiro e tem direitos que são ignorados.

De que adianta o Brasil apresentar números tão impressionantes de sua economia, se uma parte da gente deste País é tratada como paria do restante da sociedade? Os projetos para a região nunca saem do papel. Promete-se a asfaltar a BR 163, diz-se que os estudos foram concluídos e que não há mais nenhum empecilho legal para que a obra comece, mas não começa; promete-se implementar o Distrito Florestal da BR 163, mas é só conversa. Em fim, fica cada vez mais evidente que o Brasil de lá é diferente do Brasil daqui, que parece ter cidadãos de segunda categoria.

Esse editorial foi publicado na edição do Jornal do Comércio, que circulou hoje.