Está acontecendo, neste momento, a última plenária para discutir o Plano Diretor de Itaituba. O local é a sede do Clube de Cabos e Soldados.
No encontro de hoje os representantes da comunidade ainda poderão fazer modificações do projeto do plano, que já tem 34 páginas.
Após essa última reunião o Plano Diretor será encaminhado para a Câmara Municipal de Itaituba, que terá até o dia 10 de outubro para discutí-lo e aprovado, com a possibilidade de fazer alterações no mesmo.
sábado, setembro 16, 2006
sexta-feira, setembro 15, 2006
Do Repórter Diário
Um dos pilares da sociedade democrática é a liberdade de imprensa. O DIÁRIO vem sendo alvo de um processo de tentativa de intimidação, alimentado por ações no Tribunal Regional Eleitoral, para impedir que o jornal continue a investigar negociatas que foram feitas no setor de Saúde do Estado nos últimos anos, com claros indícios de corrupção dos envolvidos. As denúncias vão de superfaturamento a licitações dirigidas para a compra de remédios e equipamentos médicos, com claros prejuízos aos cofres públicos.
Indignação
Todas as matérias publicadas acabaram se transformando em processos de investigação pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal. O desvio de dinheiro público da Saúde afeta a população em geral e, em especial, os mais necessitados, deixando indignados todos os cidadãos de bem. É nessa linha, de denúncia responsável, que o DIÁRIO tem procurado atuar.
Direito descabido
O mais grave desse processo intimidatório é que os advogados ligados à vice-governadora e candidata à reeleição, Valéria Pires Franco (PFL), vêm se utilizando da boa-fé de alguns juízes do TRE e obtendo direitos de resposta descabidos. No último processo julgado pelo tribunal, os advogados de Valéria obtiveram resposta a uma matéria sobre o roubo de aparelho médico do Hospital Barros Barreto, que apareceu na empresa Prev Saúde, da família do secretário de Saúde, Fernando Dourado, filiado ao PFL - caso que está sendo investigado pela Polícia Federal.
Benefício O DIÁRIO publicou matéria fundamentada sobre o assunto, baseada em documentos do inquérito da PF, sequer citando a vice-governadora. Mesmo assim, numa decisão contestada por alguns juristas ouvidos pelo jornal, Valéria obteve decisão favorável e ainda aproveitou o direito de resposta para defender veementemente a Prev Saúde, empresa sob investigação.
Dever
O DIÁRIO acatará todas as decisões judiciais e recorrerá a todas as instâncias possíveis, mas não vai permitir que o claro processo de intimidação tenha continuidade. As tentativas de impedir que o jornal pratique o salutar jornalismo investigativo só o incentivam a permanecer nessa linha. É dever da imprensa livre fiscalizar e denunciar irregularidades praticadas pelas autoridades públicas. O apoio irrestrito dos leitores estimula o jornal a não abrir mão desse papel.
Meu comentário: Ninguém tem dúvida que, aliado ao interesse de bem informar seus leitores, o Diário do Pará defende o grupo político do deputado federal Jáder Barbalho, dono do referido jornal. Isso não invalida nem diminui a importância das denúncias, que são de reconhecido interesse público.
Nesse caso cabe uma pergunta: porque os adversários políticos, em vez de apenas pedirem direito de resposta no horário eleitoral, não acionam o jornal na Justiça comum e pedem reparação por calúnia, danos morais e o que achar que tem direito?
Se não fazem isso, deixam ao leitor a sensação de que só querem mesmo silenciar o aludido veículo, para que o mesmo não atrapalhe seus projetos políticos.
Se a Justiça fosse acionada, quem se sente prejudicado teria a oportunidade de colocar as coisas no seu devido lugar e o jornal poderia ser obrigado a desmentir o que publicou. Deveria ser assim, mas há muito mais interesse escondido nessa querela do que nós leitores e eleitores vislumbramos.
Indignação
Todas as matérias publicadas acabaram se transformando em processos de investigação pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal. O desvio de dinheiro público da Saúde afeta a população em geral e, em especial, os mais necessitados, deixando indignados todos os cidadãos de bem. É nessa linha, de denúncia responsável, que o DIÁRIO tem procurado atuar.
Direito descabido
O mais grave desse processo intimidatório é que os advogados ligados à vice-governadora e candidata à reeleição, Valéria Pires Franco (PFL), vêm se utilizando da boa-fé de alguns juízes do TRE e obtendo direitos de resposta descabidos. No último processo julgado pelo tribunal, os advogados de Valéria obtiveram resposta a uma matéria sobre o roubo de aparelho médico do Hospital Barros Barreto, que apareceu na empresa Prev Saúde, da família do secretário de Saúde, Fernando Dourado, filiado ao PFL - caso que está sendo investigado pela Polícia Federal.
Benefício O DIÁRIO publicou matéria fundamentada sobre o assunto, baseada em documentos do inquérito da PF, sequer citando a vice-governadora. Mesmo assim, numa decisão contestada por alguns juristas ouvidos pelo jornal, Valéria obteve decisão favorável e ainda aproveitou o direito de resposta para defender veementemente a Prev Saúde, empresa sob investigação.
Dever
O DIÁRIO acatará todas as decisões judiciais e recorrerá a todas as instâncias possíveis, mas não vai permitir que o claro processo de intimidação tenha continuidade. As tentativas de impedir que o jornal pratique o salutar jornalismo investigativo só o incentivam a permanecer nessa linha. É dever da imprensa livre fiscalizar e denunciar irregularidades praticadas pelas autoridades públicas. O apoio irrestrito dos leitores estimula o jornal a não abrir mão desse papel.
Meu comentário: Ninguém tem dúvida que, aliado ao interesse de bem informar seus leitores, o Diário do Pará defende o grupo político do deputado federal Jáder Barbalho, dono do referido jornal. Isso não invalida nem diminui a importância das denúncias, que são de reconhecido interesse público.
Nesse caso cabe uma pergunta: porque os adversários políticos, em vez de apenas pedirem direito de resposta no horário eleitoral, não acionam o jornal na Justiça comum e pedem reparação por calúnia, danos morais e o que achar que tem direito?
Se não fazem isso, deixam ao leitor a sensação de que só querem mesmo silenciar o aludido veículo, para que o mesmo não atrapalhe seus projetos políticos.
Se a Justiça fosse acionada, quem se sente prejudicado teria a oportunidade de colocar as coisas no seu devido lugar e o jornal poderia ser obrigado a desmentir o que publicou. Deveria ser assim, mas há muito mais interesse escondido nessa querela do que nós leitores e eleitores vislumbramos.
À OPINIÃO PÚBLICA
O artigo a seguir, escrito por um dos maiores jornalistas deste Estado, denota bem a pior desgraça do Brasil, que é a concentração de renda. Se não fosse ilegal, já seria imoral. Mas, por tudo que já foi dito, é ilegal a apropriação da vasta porção de terra por parte do grileiro motivo do artigo. Confira e entenda porque muitas vezes a afirmação de que A JUSTIÇA É CEGA pode ter duplo sentido.
Lucio flávio pinto
Chamar o maior grileiro de terras do mundo de pirata fundiário constitui ato ilícito no Pará, obrigando quem utilizar a expressão a indenizar o suposto ofendido por dano moral. Com base nesse entendimento, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado manteve a condenação que me foi imposta no juízo singular.
No ano passado, o juiz Amílcar Guimarães, exercendo interinamente a 4ª Vara Cível do fórum de Belém (é titular da 1ª Vara), acolheu a ação de indenização contra mim proposta pelo empresário Cecílio do Rego Almeida e me condenou a pagar-lhe oito mil reais, mais acréscimos, que resultarão num valor bem maior.
Meu “crime” foi uma matéria que escrevi no meu Jornal Pessoal, em 2000, comentando reportagem de capa da revista Veja de uma semana antes, que apontava o dono da Construtora C. R. Almeida como “o maior grileiro do mundo”.
Com base em um título de terra que ninguém jamais viu e todos os órgãos públicos negam que exista, o empresário se declarava – e continua a se declarar – dono de uma área que poderia chegar a sete milhões de hectares no vale do rio Xingu, no Pará, região conhecida como “Terra do Meio”, na qual há a maior concentração de mogno da Amazônia (o mogno é o produto de maior valor da região).
Se formasse um Estado, esse megalatifúndio constituiria o 21º maior Estado brasileiro. C. R. Almeida propôs a ação em São Paulo. Mas como o foro era incompetente, a demanda foi transferida para a comarca de Belém, onde o Jornal Pessoal, uma newsletter quinzenal independente que edito desde 1987, tem sua sede. Durante mais de quatro anos a ação foi instruída na 4ª Vara Cível. A juíza responsável pelo processo, Luzia do Socorro dos Santos, se ausentou temporariamente para fazer um curso no Rio de Janeiro.
O juiz Amílcar Guimarães a substituiria por apenas três dias, mas, de fato, só assumiu a Vara no último dia, 17 de junho do ano passado, uma sexta-feira. Nesse dia ele pediu ao cartório que os autos, com quase 400 páginas, lhe fossem conclusos e os levou para sua casa. Só os devolveu na terça-feira, dia 21, quando a juíza substituta já estava no exercício da Vara.
Junto com os autos veio a sua sentença condenatória, datada de quatro dias antes, como se a tivesse lavrado no último dia do seu exercício legal na função. Representei contra o magistrado, mostrando que a sentença era ilegal, que o processo não estava pronto para ser sentenciado (estava pendente informação da instância superior sobre um recurso de agravo que formulei exatamente contra o julgamento antecipado da lide, que o julgador efetivo pretendia realizar), que os autos sequer estavam numerados e que a sentença revelava a tendenciosidade e o desequilíbrio do sentenciante.
A Corregedora Geral de Justiça acolheu a representação, mas, por maioria, o Conselho da Magistratura decidiu não processar o juiz. Recorri em julho dessa decisão, mas o embargo de declaração ainda não foi apreciado. No plano judicial, apelei da condenação. A relatora do recurso na 3ª Câmara Cível, desembargadora Maria Rita Xavier, manteve a condenação, apenas concedendo uma redução no valor da indenização.
A revisora, desembargadora Sônia Parente, pediu vistas. Na sessão de hoje ela apresentou seu voto, discordando da posição da relatora. Argumentou que a grilagem de terras da C. R. Almeida no Xingu é fato público e notório, comprovado por diversas matérias jornalísticas juntadas aos autos, além de pronunciamentos unânimes de órgãos públicos que se manifestaram oficialmente sobre a questão, incluindo a Polío, incluindo a Polm oficialmente sobre a questrras da C. R. Almeida no Xingu ealizarnso.
O juiz Amcia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal. Eu apenas aplicara ao autor da grilagem uma expressão de uso corrente nas áreas de confronto, conforme ela própria pôde constatar quando atuou como juíza numa dessas áreas, o município de Paragominas. A desembargadora-revisora disse que a matéria do Jornal Pessoal estava resguardada pela liberdade de expressão e de imprensa, tuteladas pela Constituição Federal em vigor.
O texto jornalístico expressava uma situação conhecida e lamentada pelos que se preocupam com o futuro da Amazônia, assolada por agressões como a devastação da natureza, a apropriação ilícita do seu patrimônio e até mesmo o trabalho escravo. Muito emocionada ao ler esse trecho do seu voto, a desembargadora disse que Castro Alves, se voltasse agora, encontraria um novo navio negreiro nos caminhões que trafegam pelas estradas amazônicas carregando trabalhadores como escravos. E manifestaria sua indignação da mesma maneira que eu, ao escrever no Jornal Pessoal.
Ela salientou que a expressão em si, de “pirata fundiário”, é apenas um detalhe e irrelevante, porque ela foi aplicada a um fato real e grave, noticiado em vários outros jornais. “Por que só este jornal de pequena circulação, que se edita aqui entre nós, é punido?”, indagou. Suas judiciosas observações, porém, não tiveram eco. A desembargadora Luzia Nadja Nascimento, esposa de Manoel Santino Nascimento, que deixou a chefia do Ministério Público do Estado para ser secretário de segurança do governo, sem maiores considerações, apresentou logo seu voto, acompanhando a relatora. Nem permitiu que o presidente da sessão, desembargador Geraldo Corrêa Lima, apresentasse as observações que pretendia fazer. Sua decisão já estava tomada. Como havia apenas as três desembargadoras no momento em que a votação foi iniciada, em maio, os dois outros desembargadores que se encontravam na sessão de hoje da 3ª Câmara Cível não puderam votar.
Por 2 a 1, minha condenação foi mantida. Agora me resta apresentar o recurso que poderá provocar a reapreciação da questão junto ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Esse entendimento, de que é ato ilícito aplicar a expressão “pirata” àquele que é proclamado “o maior grileiro do mundo”. é exclusivo da justiça do Pará.
Cecílio do Rego Almeida também processou a revista Veja, seu repórter, um procurador público do Estado do Pará e um vereador de Altamira pelo mesmo motivo, mas todos foram absolvidos pela justiça de São Paulo. Ao invés de condená-los, como aqui se fez comigo, o juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível, elogiou-os por defender o interesse público. Justamente no Estado que sofre a apropriação indébita do seu patrimônio fundiário, com a mais escandalosa fraude de terras, a grilagem é protegida e quem denuncia o grileiro é punido.
* É jornalista, editor do Jornal Pessoal jornal@amazon.com.br
Jornal o Estado do Tapajós
Lucio flávio pinto
Chamar o maior grileiro de terras do mundo de pirata fundiário constitui ato ilícito no Pará, obrigando quem utilizar a expressão a indenizar o suposto ofendido por dano moral. Com base nesse entendimento, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado manteve a condenação que me foi imposta no juízo singular.
No ano passado, o juiz Amílcar Guimarães, exercendo interinamente a 4ª Vara Cível do fórum de Belém (é titular da 1ª Vara), acolheu a ação de indenização contra mim proposta pelo empresário Cecílio do Rego Almeida e me condenou a pagar-lhe oito mil reais, mais acréscimos, que resultarão num valor bem maior.
Meu “crime” foi uma matéria que escrevi no meu Jornal Pessoal, em 2000, comentando reportagem de capa da revista Veja de uma semana antes, que apontava o dono da Construtora C. R. Almeida como “o maior grileiro do mundo”.
Com base em um título de terra que ninguém jamais viu e todos os órgãos públicos negam que exista, o empresário se declarava – e continua a se declarar – dono de uma área que poderia chegar a sete milhões de hectares no vale do rio Xingu, no Pará, região conhecida como “Terra do Meio”, na qual há a maior concentração de mogno da Amazônia (o mogno é o produto de maior valor da região).
Se formasse um Estado, esse megalatifúndio constituiria o 21º maior Estado brasileiro. C. R. Almeida propôs a ação em São Paulo. Mas como o foro era incompetente, a demanda foi transferida para a comarca de Belém, onde o Jornal Pessoal, uma newsletter quinzenal independente que edito desde 1987, tem sua sede. Durante mais de quatro anos a ação foi instruída na 4ª Vara Cível. A juíza responsável pelo processo, Luzia do Socorro dos Santos, se ausentou temporariamente para fazer um curso no Rio de Janeiro.
O juiz Amílcar Guimarães a substituiria por apenas três dias, mas, de fato, só assumiu a Vara no último dia, 17 de junho do ano passado, uma sexta-feira. Nesse dia ele pediu ao cartório que os autos, com quase 400 páginas, lhe fossem conclusos e os levou para sua casa. Só os devolveu na terça-feira, dia 21, quando a juíza substituta já estava no exercício da Vara.
Junto com os autos veio a sua sentença condenatória, datada de quatro dias antes, como se a tivesse lavrado no último dia do seu exercício legal na função. Representei contra o magistrado, mostrando que a sentença era ilegal, que o processo não estava pronto para ser sentenciado (estava pendente informação da instância superior sobre um recurso de agravo que formulei exatamente contra o julgamento antecipado da lide, que o julgador efetivo pretendia realizar), que os autos sequer estavam numerados e que a sentença revelava a tendenciosidade e o desequilíbrio do sentenciante.
A Corregedora Geral de Justiça acolheu a representação, mas, por maioria, o Conselho da Magistratura decidiu não processar o juiz. Recorri em julho dessa decisão, mas o embargo de declaração ainda não foi apreciado. No plano judicial, apelei da condenação. A relatora do recurso na 3ª Câmara Cível, desembargadora Maria Rita Xavier, manteve a condenação, apenas concedendo uma redução no valor da indenização.
A revisora, desembargadora Sônia Parente, pediu vistas. Na sessão de hoje ela apresentou seu voto, discordando da posição da relatora. Argumentou que a grilagem de terras da C. R. Almeida no Xingu é fato público e notório, comprovado por diversas matérias jornalísticas juntadas aos autos, além de pronunciamentos unânimes de órgãos públicos que se manifestaram oficialmente sobre a questão, incluindo a Polío, incluindo a Polm oficialmente sobre a questrras da C. R. Almeida no Xingu ealizarnso.
O juiz Amcia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal. Eu apenas aplicara ao autor da grilagem uma expressão de uso corrente nas áreas de confronto, conforme ela própria pôde constatar quando atuou como juíza numa dessas áreas, o município de Paragominas. A desembargadora-revisora disse que a matéria do Jornal Pessoal estava resguardada pela liberdade de expressão e de imprensa, tuteladas pela Constituição Federal em vigor.
O texto jornalístico expressava uma situação conhecida e lamentada pelos que se preocupam com o futuro da Amazônia, assolada por agressões como a devastação da natureza, a apropriação ilícita do seu patrimônio e até mesmo o trabalho escravo. Muito emocionada ao ler esse trecho do seu voto, a desembargadora disse que Castro Alves, se voltasse agora, encontraria um novo navio negreiro nos caminhões que trafegam pelas estradas amazônicas carregando trabalhadores como escravos. E manifestaria sua indignação da mesma maneira que eu, ao escrever no Jornal Pessoal.
Ela salientou que a expressão em si, de “pirata fundiário”, é apenas um detalhe e irrelevante, porque ela foi aplicada a um fato real e grave, noticiado em vários outros jornais. “Por que só este jornal de pequena circulação, que se edita aqui entre nós, é punido?”, indagou. Suas judiciosas observações, porém, não tiveram eco. A desembargadora Luzia Nadja Nascimento, esposa de Manoel Santino Nascimento, que deixou a chefia do Ministério Público do Estado para ser secretário de segurança do governo, sem maiores considerações, apresentou logo seu voto, acompanhando a relatora. Nem permitiu que o presidente da sessão, desembargador Geraldo Corrêa Lima, apresentasse as observações que pretendia fazer. Sua decisão já estava tomada. Como havia apenas as três desembargadoras no momento em que a votação foi iniciada, em maio, os dois outros desembargadores que se encontravam na sessão de hoje da 3ª Câmara Cível não puderam votar.
Por 2 a 1, minha condenação foi mantida. Agora me resta apresentar o recurso que poderá provocar a reapreciação da questão junto ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Esse entendimento, de que é ato ilícito aplicar a expressão “pirata” àquele que é proclamado “o maior grileiro do mundo”. é exclusivo da justiça do Pará.
Cecílio do Rego Almeida também processou a revista Veja, seu repórter, um procurador público do Estado do Pará e um vereador de Altamira pelo mesmo motivo, mas todos foram absolvidos pela justiça de São Paulo. Ao invés de condená-los, como aqui se fez comigo, o juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível, elogiou-os por defender o interesse público. Justamente no Estado que sofre a apropriação indébita do seu patrimônio fundiário, com a mais escandalosa fraude de terras, a grilagem é protegida e quem denuncia o grileiro é punido.
* É jornalista, editor do Jornal Pessoal jornal@amazon.com.br
Jornal o Estado do Tapajós
quinta-feira, setembro 14, 2006
Ela sabe tudo
Mulçumanos criticam Papa Bento XVI e exigem desculpas
Líderes muçulmanos, turcos e paquistaneses, criticaram, hoje, o discurso desta semana do papa Bento XVI, que fez comentários sobre o Islã e exigiram que ele se desculpasse.
O chefe da Irmandade Islâmica do Cairo, propôs aos países islâmicos que ameacem romper relações com o Vaticano se o pontífice não retirar seus comentários. Em nota, o Vaticano afirmou Bento XVI não teve a intenção de ofender o Islã.
Na última terça-feira, na Universidade de Regensburg, o papa citou críticas feitas no Século XIV pelo imperador Bizantino Manuel 2º Palaeologus contra o Islã e o profeta Maomé. O imperador escreveu que tudo o que Maomé havia trazido é mau e desumano, "como sua ordem para difundir pela espada a fé que ele pregava".
--------------------
O leitor que se indentifica como Marco comenta a nota acima.
Pessoalmente, penso que a primeira citação foi mal escolhida; mas identificar aquela citação como sendo a opinião de Bento XVI, é fazer uma distorção grotesca do texto.
O Islão não sai beliscado com as palavras do Papa, mas a sua imagem no Ocidente é mais uma vez denegrida por reacções exacerbadas e violentas dos próprios muçulmanos.
As portas do diálogo inter-religioso estão-se a fechar...
-------------------
Marco, sua análise coincide com o que penso dessa questão. Entendo que o papa Bento XVI é muito inteligente para alimentar um polêmica que não ajudaria em absolutamente nada o catolicismo. Existe, de fato, muita intolerância em diversos segmentos do Islamismo.
O chefe da Irmandade Islâmica do Cairo, propôs aos países islâmicos que ameacem romper relações com o Vaticano se o pontífice não retirar seus comentários. Em nota, o Vaticano afirmou Bento XVI não teve a intenção de ofender o Islã.
Na última terça-feira, na Universidade de Regensburg, o papa citou críticas feitas no Século XIV pelo imperador Bizantino Manuel 2º Palaeologus contra o Islã e o profeta Maomé. O imperador escreveu que tudo o que Maomé havia trazido é mau e desumano, "como sua ordem para difundir pela espada a fé que ele pregava".
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O leitor que se indentifica como Marco comenta a nota acima.
Pessoalmente, penso que a primeira citação foi mal escolhida; mas identificar aquela citação como sendo a opinião de Bento XVI, é fazer uma distorção grotesca do texto.
O Islão não sai beliscado com as palavras do Papa, mas a sua imagem no Ocidente é mais uma vez denegrida por reacções exacerbadas e violentas dos próprios muçulmanos.
As portas do diálogo inter-religioso estão-se a fechar...
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Marco, sua análise coincide com o que penso dessa questão. Entendo que o papa Bento XVI é muito inteligente para alimentar um polêmica que não ajudaria em absolutamente nada o catolicismo. Existe, de fato, muita intolerância em diversos segmentos do Islamismo.
PENINHA EU TENHO MAIS CHANCES DE ME ELEGER
Polêmico, como de costume, o candidato a deputado estadual pelo Partido Liberal, Peninha, recebeu o Jornal do Comércio, tendo falado da campanha, da influência do rompimento com o prefeito Roselito Soares na mesma e das suas chances de se eleger. Ele afirmou, com todas as letras, que tem condições reais de chegar à Assembléia Legislativa e fala das dificuldades dos outros concorrentes.
JC – Como o senhor analisa sua candidatura?
Peninha - Considero minha candidatura com sendo da região, pelo trabalho que tenho prestado. Não é uma candidatura minha. É pena que muitos nomes que já tiveram oportunidade na vida política também se lançaram candidatos fazendo com que a gente viesse a ter essa quantidade exagerada de seis nomes concorrendo a uma vaga na Assembléia Legislativa. Além de nós, ainda há os candidatos de fora, que estão vindo pedir votos aqui, com apoio de políticos. Apesar disso, tenho certeza que os mais bem votados serão os candidatos de Itaituba e eu espero ser um desses candidatos, pela experiência que eu tenho e pela coragem que tenho de falar e brigar por Itaituba.
JC – Sem mandato ficou mais difícil ser candidato?
Peninha – É evidente que sim. Com mandato a gente tem como falar, denunciar, aparecer na mídia. Mas, mesmo sem mandato eu tenho usado o meu conhecimento na região, para manter meus contatos políticos. Hoje estou do outro lado, ou seja: sem mandato é muito gratificante ver que as pessoas querem que a gente volte à vida política depois de vinte anos de atividade nesse campo político.
JC – Em que o rompimento com o prefeito Roselito Soares está interferindo na campanha?
Peninha – Eu arquitetei e planejei toda a campanha do Roselito para que ele fosse o candidato a prefeito pelo PSDB, com apoio do governo do Estado. Nós tínhamos um projeto que era muito maior do que o Roselito ou do que o Peninha. Era um projeto de desenvolvimento de Itaituba. Infelizmente, ele nos decepcionou. É um sonhador, é uma pessoa que fala demais, não tem firmeza na suas decisões; de manhã é uma coisa e de tarde já é outra. Isso fez com que a gente começasse a se afastar dele. Quanto à campanha, eu acho que o rompimento ajudou, porque aonde em chego as pessoas me elogiam e me parabenizam por ter-me afastado do Roselito.
JC – Está sendo complicado bancar a campanha?
Peninha – Com certeza. Eu tenho recebido apoio até de pessoas que são servidores públicos que ganham 700 ou 800 reais. É assim que está sendo feita a campanha. Nesse particular, a mini reforma eleitoral veio ajudar, pois eu sempre fui um candidato pobre, que não esbanjei. Então, veja bem, é ruim fazer campanha com pouco dinheiro, mas, é muito melhor estar com o apoio do povo, que é quem decide, do que com o de algum desses prefeitos da região, pois estão quase todos queimados. Vamos ver o que vai acontecer nesta eleição com referência a transferência de votos desses prefeitos para os candidatos que eles estão apoiando. Então, financeiramente, não apenas o Peninha, mas, todos os candidatos da região estão enfrentando dificuldades.
JC – Como o senhor vê o apoio de políticos locais com mandado a candidatos de fora, incluindo o prefeito?
Peninha – Em primeiro lugar, digo que repudio esse mal exemplo que se dá. O prefeito de um município como Itaituba, com quase 60 mil eleitores, com população de quase 100 mil habitantes, trazer candidatos de fora, de municípios com 20 ou 30 mil habitantes, como é o caso do deputado o César Colares, de Benevides e Santa Bárbara do Pará, é uma afronta para a população. Isso mostra a falta de compromisso dele para com o município. Ele não quer apoiar um candidato daqui, com medo do mesmo ter uma votação grande e depois possa se lançar candidato a prefeito, disputando com ele a eleição, o que não é o meu caso. Mas, não é só isso. A vice-prefeita tem um candidato de fora, cada secretário tem o seu candidato, os vereadores, cada um tem um candidato, com exceção do presidente da Câmara, vereador Dico, que apóia os candidatos da terra. Então, o que se vê é um desmando geral. Essa gente não tem compromisso com Itaituba. Se tivesse, apoiaria candidatos daqui, mesmo correndo o risco de perde a eleição.
JC – O deputado federal Raimundo Santos, que é do seu partido, teve seu nome envolvido no escândalo das sanguessugas. O senhor deixou de apoiá-lo?
Peninha – Eu não me afastei do deputado Raimundo Santos. Ele nos procurou e caminhamos juntos no começo da campanha. O deputado afirma que é vítima de armação, de perseguição política e que vai provar sua inocência. Eu me afastei de sua campanha um pouco porque ele deixou de mandar seu material. E não foi apenas o Peninha em Itaituba, mas, todo o PL do Estado do Pará que ficou aguardando uma posição. Mas, em momento algum abandonamos o nosso companheirismo com o deputado. E como você bem falou antes, todos os candidatos daqui enfrentam dificuldades e eu não poderia estar bancando, também, uma campanha para deputado federal. Mas, nesta reta final, se nos der condições, ainda alavancaremos a candidatura dele por aqui.
JC – Algum candidato daqui tem chance sem buscar votos fora?
Peninha – Em hipótese alguma. Acredito eu que nenhum candidato de Itaituba esteja pensando em ser votado apenas aqui. Todos devem estar buscando votos na região. O que acontece, e isso tem que ser analisado, é a condição dos partidos que lançaram candidato por Itaituba. O PFL: tem condições de eleger alguém em Itaituba? um candidato desse partido precisará de 20 mil votos ou mais para disputar uma vaga, pois dentro do PFL há cinco deputados com mandato, com potencial para 40 mil ou 50 mil votos e deve fazer apenas quatro deputados. O PMDB: pelo menos 20 mil votos serão necessários para fazer um deputado. Será que um candidato por Itaituba consegue? Talvez o objetivo seja fortalecer a sigla. O PSDB: é a legenda mais forte que tem. Qualquer candidato para ganhar a eleição terá que ter 40 mil votos. Vai ter gente nesse partido que vai ficar fora com 30 mil votos. Diversos candidatos de fora estão pedindo votos em Itaituba por essa sigla. Finalmente, o PSC: o candidato local precisará ter de 20 mil votos para cima e torcer para que o partido faça votos para eleger um segundo, pois já tem um deputado, Alessandro Novelino, que deverá se reeleger.
Vai entrar candidato de partido pequeno com 15 mil votos. Na eleição passada eu fui prejudicado pela coligação do meu partido com o PT. Fizemos 11 deputados, seis do PT e cinco do PL e eu fiquei fora por causa de 1.009 votos. Nesta eleição, eu disputarei uma vaga com 15 mil votos, porque no meu partido não tem muita estrela. Tem uma deputada estadual (Suzana Lobão) que eu espero que tenha uma votação boa para puxar gente. Por isso, eu tenho mais chances do que os candidatos do PMDB, PFL, PSDB e do PT.
JC – Como o senhor analisa sua candidatura?
Peninha - Considero minha candidatura com sendo da região, pelo trabalho que tenho prestado. Não é uma candidatura minha. É pena que muitos nomes que já tiveram oportunidade na vida política também se lançaram candidatos fazendo com que a gente viesse a ter essa quantidade exagerada de seis nomes concorrendo a uma vaga na Assembléia Legislativa. Além de nós, ainda há os candidatos de fora, que estão vindo pedir votos aqui, com apoio de políticos. Apesar disso, tenho certeza que os mais bem votados serão os candidatos de Itaituba e eu espero ser um desses candidatos, pela experiência que eu tenho e pela coragem que tenho de falar e brigar por Itaituba.
JC – Sem mandato ficou mais difícil ser candidato?
Peninha – É evidente que sim. Com mandato a gente tem como falar, denunciar, aparecer na mídia. Mas, mesmo sem mandato eu tenho usado o meu conhecimento na região, para manter meus contatos políticos. Hoje estou do outro lado, ou seja: sem mandato é muito gratificante ver que as pessoas querem que a gente volte à vida política depois de vinte anos de atividade nesse campo político.
JC – Em que o rompimento com o prefeito Roselito Soares está interferindo na campanha?
Peninha – Eu arquitetei e planejei toda a campanha do Roselito para que ele fosse o candidato a prefeito pelo PSDB, com apoio do governo do Estado. Nós tínhamos um projeto que era muito maior do que o Roselito ou do que o Peninha. Era um projeto de desenvolvimento de Itaituba. Infelizmente, ele nos decepcionou. É um sonhador, é uma pessoa que fala demais, não tem firmeza na suas decisões; de manhã é uma coisa e de tarde já é outra. Isso fez com que a gente começasse a se afastar dele. Quanto à campanha, eu acho que o rompimento ajudou, porque aonde em chego as pessoas me elogiam e me parabenizam por ter-me afastado do Roselito.
JC – Está sendo complicado bancar a campanha?
Peninha – Com certeza. Eu tenho recebido apoio até de pessoas que são servidores públicos que ganham 700 ou 800 reais. É assim que está sendo feita a campanha. Nesse particular, a mini reforma eleitoral veio ajudar, pois eu sempre fui um candidato pobre, que não esbanjei. Então, veja bem, é ruim fazer campanha com pouco dinheiro, mas, é muito melhor estar com o apoio do povo, que é quem decide, do que com o de algum desses prefeitos da região, pois estão quase todos queimados. Vamos ver o que vai acontecer nesta eleição com referência a transferência de votos desses prefeitos para os candidatos que eles estão apoiando. Então, financeiramente, não apenas o Peninha, mas, todos os candidatos da região estão enfrentando dificuldades.
JC – Como o senhor vê o apoio de políticos locais com mandado a candidatos de fora, incluindo o prefeito?
Peninha – Em primeiro lugar, digo que repudio esse mal exemplo que se dá. O prefeito de um município como Itaituba, com quase 60 mil eleitores, com população de quase 100 mil habitantes, trazer candidatos de fora, de municípios com 20 ou 30 mil habitantes, como é o caso do deputado o César Colares, de Benevides e Santa Bárbara do Pará, é uma afronta para a população. Isso mostra a falta de compromisso dele para com o município. Ele não quer apoiar um candidato daqui, com medo do mesmo ter uma votação grande e depois possa se lançar candidato a prefeito, disputando com ele a eleição, o que não é o meu caso. Mas, não é só isso. A vice-prefeita tem um candidato de fora, cada secretário tem o seu candidato, os vereadores, cada um tem um candidato, com exceção do presidente da Câmara, vereador Dico, que apóia os candidatos da terra. Então, o que se vê é um desmando geral. Essa gente não tem compromisso com Itaituba. Se tivesse, apoiaria candidatos daqui, mesmo correndo o risco de perde a eleição.
JC – O deputado federal Raimundo Santos, que é do seu partido, teve seu nome envolvido no escândalo das sanguessugas. O senhor deixou de apoiá-lo?
Peninha – Eu não me afastei do deputado Raimundo Santos. Ele nos procurou e caminhamos juntos no começo da campanha. O deputado afirma que é vítima de armação, de perseguição política e que vai provar sua inocência. Eu me afastei de sua campanha um pouco porque ele deixou de mandar seu material. E não foi apenas o Peninha em Itaituba, mas, todo o PL do Estado do Pará que ficou aguardando uma posição. Mas, em momento algum abandonamos o nosso companheirismo com o deputado. E como você bem falou antes, todos os candidatos daqui enfrentam dificuldades e eu não poderia estar bancando, também, uma campanha para deputado federal. Mas, nesta reta final, se nos der condições, ainda alavancaremos a candidatura dele por aqui.
JC – Algum candidato daqui tem chance sem buscar votos fora?
Peninha – Em hipótese alguma. Acredito eu que nenhum candidato de Itaituba esteja pensando em ser votado apenas aqui. Todos devem estar buscando votos na região. O que acontece, e isso tem que ser analisado, é a condição dos partidos que lançaram candidato por Itaituba. O PFL: tem condições de eleger alguém em Itaituba? um candidato desse partido precisará de 20 mil votos ou mais para disputar uma vaga, pois dentro do PFL há cinco deputados com mandato, com potencial para 40 mil ou 50 mil votos e deve fazer apenas quatro deputados. O PMDB: pelo menos 20 mil votos serão necessários para fazer um deputado. Será que um candidato por Itaituba consegue? Talvez o objetivo seja fortalecer a sigla. O PSDB: é a legenda mais forte que tem. Qualquer candidato para ganhar a eleição terá que ter 40 mil votos. Vai ter gente nesse partido que vai ficar fora com 30 mil votos. Diversos candidatos de fora estão pedindo votos em Itaituba por essa sigla. Finalmente, o PSC: o candidato local precisará ter de 20 mil votos para cima e torcer para que o partido faça votos para eleger um segundo, pois já tem um deputado, Alessandro Novelino, que deverá se reeleger.
Vai entrar candidato de partido pequeno com 15 mil votos. Na eleição passada eu fui prejudicado pela coligação do meu partido com o PT. Fizemos 11 deputados, seis do PT e cinco do PL e eu fiquei fora por causa de 1.009 votos. Nesta eleição, eu disputarei uma vaga com 15 mil votos, porque no meu partido não tem muita estrela. Tem uma deputada estadual (Suzana Lobão) que eu espero que tenha uma votação boa para puxar gente. Por isso, eu tenho mais chances do que os candidatos do PMDB, PFL, PSDB e do PT.
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