sábado, novembro 11, 2006

Trabalho escravo

Estive conversando hoje com o advogado Dudimar Paxiúba, que defende os trabalhadores da empresa Rio Cerro Ltda., que explora palmito no km 180, sentido Jacareacanga. Eles eram mantido em condições análogas à de trabalho escravo. A empresa é acusada, também, de exploração de trabalho infantil.

Os trabalhadores continuam acampados nas dependências da agência do Ministério do Trabalho, em Itaituba. A empresa Serabi Mineração garantiu o patrocínio de alimentação aos 15 empregados da Rio Cerro, que estão sendo atendidos no Restaurante Ceará do Peixe.

A ação social da Prefeitura forneceu colchonetes para os trabalhadores dormirem.

Essa empresa estava apostando no cansaço dos trabalhadores, que depois de uma semana não teriam o que comer e cada um tomaria seu rumo. Só que desta vez o tiro parece que vai sair pela culatra.

O advogado Dudimar Paxipuba acredita que a primeira audiência será marcada pela Justiça do Trabalho para a semana que vem. Nessa, será fundamental a presença dos reclamantes, que depois poderão ser encaminhados para seus locais de destino, uma vez que são todos de fora. Há alguns do município de Uruará. Os demais são de outros municípios da Transamazônica.

Há informações de que a Rio Cerro explora palmito dentro dos limites do Parque Nacional da Amazônia. Ela está instalada fora do PARNA, mas, estrategicamente nas próximidades do mesmo, para facilitar sua ação depredatória na área de preservação.

Os donos dessa empresa são de Santa Catarina e pelo jeito, vão muito o que explicar, tanto à Justiça do trabalho, quando à Justiça Comum.

Ninguém se surpreenda se surgirem outros casos parecidos, pois éxistem informações dando conta de que não é apenas a Rio Cerro que pratica essa modalidade análoga a trabalho escravo.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Odair Corrêa visita Valéria Franco

Cordial, demorado e amigável o encontro ocorrido hoje de manhã no Palácio dos Despachos, em Belém, entre o vice-governador eleito Odair Corrêa (PSB) e a atual vice-governadora do Pará, a jornalista Valéria Pires Franco.

A vice de Simão Jatene (PSDB) entregou documentos, como a lei que criou a Vice-Governadoria, e mostrou a estrutura física para o futuro inquilino da casa. A anfitriã recebeu elogios do visitante pelo trabalho social realizado no decorrer do mandato dela.

O político santareno estava acompanhado do deputado estadual João de Deus (PSB), além de
assessores.
Fonte: Blog do Jeso
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Meu comentário: Odair, Odair. Não pisa fora da faixa, cara.
Não pegou bem a entrevista que você concedeu à TV Tapajós, afialida da Rede Globo em Santarém. Nela, você foi evasivo em algumas respostas sobre a continuação da luta pela criação do Estado do Tapajós.
Junto você, que durante tantos anos liderou a marcha por esse objetivo!
Seria apenas oportunismo?
Esperamos tanto por este momento, por ter alguém instalado no núcleo do Poder, em Belém e você se manifesta reticente.
Eu conversei com Odair, pouco depois da confirmação da vitória de Ana Júlia. Naquela oportunidade exclamei: Nossa luta sai fortalecida desta eleição, Odair!
Ele respondeu: com certeza, companheiro!
Prefiro ficar com essa afirmativa, do que com a falta de firmeza de suas declarações na aludida entrevista. Continuo tendo a firme convicção de que você não vai nos abandonar e que terá habilidade suficiente para fortalecer a luta, sem precisar virar inimigo da governadora eleita.
Haja o que houver, Odair, se preciso for, politicamente, entre para a história como Tiradentes; não como Calabar.
Jota Parente

Jader será processado pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira, 10, acolher denúncia contra o deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA). A decisão foi unânime. O parlamentar vai responder à ação penal pelo crime de peculato por suspeita de irregularidades na desapropriação da fazenda “Vila Amazônia”, no Amazonas.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2003. O inquérito investiga suposto desvio de dinheiro público no processo de desapropriação do imóvel, que ocorreu em 1988 e envolveria funcionários graduados do Incra e do extinto ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário – do qual Barbalho era titular.

Segundo o MPF, o deputado teria autorizado o pagamento de um valor 59 vezes mais alto do que o avaliado por uma equipe técnica aos donos da fazenda na época da desapropriação. O STF arquivou a denúncia contra Antônio Cabral de Abreu, que era proprietário da fazenda, por prescrição e acolheu denúncia contra o então secretário de Assuntos Fundiários, Antônio César Pinho Brasil.

O ex-secretário teria considerado justo o preço ofertado pelos donos do imóvel.O acordo, que teria sido aprovado por Barbalho, teria possibilitado a vantagem em benefício de terceiros e em prejuízo do erário público, podendo caracterizar o crime de peculato.
Fonte: GI

Lideranças cobram compromissos de Ana Júlia

Fonte: O Estado do Tapajós

As lideranças do setor florestal do Oeste do Pará buscam uma união dos empresários para cobrar da governadora eleita do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que cumpra com os compromissos firmados com o setor madeireiro durante a campanha eleitoral. Apesar de considerarem que o governo do PT provocou uma grande crise no setor, a avaliação das lideranças é que Ana Júlia é sensível à situação das empresas e que agora terá maior influência para mediar uma política menos restritiva à atividade no Estado.

O sindicato dos madeireiros do sudoeste do Pará informou que nos últimos três anos quase a metade das serrarias da região fechou por falta de matéria-prima, em virtude do cancelamento de mais de 100 planos de manejo. A crise fez com cerca de 30 mil pessoas perdessem seus empregos, arrasando a economia dos municípios localizados nas rodovias Transamazônica (BR-230) Santarém-Cuiabá (BR-163). O sindicato acredita que o governo estadual, que não interviu diretamente na questão, poderá defender o setor.

Em entrevista ao jornal O Globo, Ana Júlia mandou um recado aos madeireiros: "Quem quiser trabalhar na legalidade vai ter meu apoio", disse, destacando a necessidade de haver uma fase de transição para a regularização. "Quem está há 25 anos sem regularização alguma tem que ter fase de transição, porque há muita gente que quer trabalhar na legalidade, e não podemos atrapalhar isso", ressaltou a governadora eleita, confirmando, por enquanto, as expectativas do setor.

No segundo turno da campanha ao governo do Estado, a então candidata Ana Júlia se reuniu com lideranças empresariais em Belém e assumiu uma série de compromissos, como o de facilitar a liberação dos planos de manejo e de o Estado assumir a gestão florestal, o que já vem ocorrendo no governo de Simão Jatene (PSDB). Ela prometeu mais agilidade na liberação dos projetos e parceria com o governo federal para promover a regularização fundiária, medida que beneficiaria as empresas que possuem manejo em áreas públicas.

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Meu comentário: Vai ser difícil piorar para o setor madeireiro no próximo governo. Almir Gabriel e Simão Jatene foram verdadeiros padrastos para esse setor. Mas, como disse a governadora eleita, ela vai dar uma força para quem trabalhar dentro da lei, pois tem muita gente nesse meio que só que ser depredar. Para esses, que Lei seja dura.

Pesquisa do LBA - Amazônia é resistente à seca

Fonte: O Estado do Tapajós

A pesquisa “Seca Floresta”, realizada no âmbito do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), simulou durante quatro anos uma diminuição de 50% das chuvas em Santarém (PA). E descobriu que as árvores têm mecanismos que lhes permitem sobreviver a secas extremas. A experiência foi feita dentro da Floresta Nacional do Tapajós.

A região de Santarém, assim como cerca de metade da Amazônia, tem uma grande variação de indíces pluviométricos durante o ano. Há duas estações bem definidas: a seca (popularmente chamada de “verão”) e a chuvosa (o “inverno”).

“Nós cobrimos um hectare de floresta com plástico e cavamos valas profundas ao redor dessa área para simular as condições de uma seca severa”, relatou o pesquisador Rafael Oliveira, Ph.D. em Biologia Integrativa. Ele explicou que cerca de 80% das árvores tinham um sistema radicular difórmico: a maior parte das raízes crescia horizontalmente, a menos de um metro de profundidade do solo, mas a porção central era vertical.

O LBA começou a ser desenhado no Rio de Janeiro, durante a Eco-92l. Seu objetivo é entender o funcionamento da floresta e sua relação com as mudanças do uso da terra e do clima. As previsões dos modelos climáticos apontam que o aquecimento global deve aumentar as secas na Amazônia.
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Meu comentário: Não entro na discussão técnica desse estudo, porque foge aos meus conhecimentos. Só faço questão de observar as informações conflitantes que existem entre esse estudo e o que tem sido revelado nas últimas na Europa, especialmente na Inglaterra.

Por lá, o que se fala é que a Amazônia será uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas que estão acontecendo.

Como a pesquisa da LBA foi feita em plena Amazônia, não custa perguntar: de onde os pesquisadores ingleses tiraram essas informações sobre as consequências do aquecimento global para nossa região?

Parabéns, amiga Célia!

Seu aniversário será somente domingo,
mas, nós já começamos a comemorar.
Receba os nossos efusivos parabéns.
Publicamos esta foto, expressão da amizade que nos une, junto com a poesia que sintetiza o verdadeiro sentido da amizade.
Muitos e felizes anos de vida, amiga querida.
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A Amizade
Seduz, ao ser terna e elegante Rondando sem permitir-se sufocar Presente mesmo quando está distante
É doce companhia que não falha
Estando ou não estando lado a lado
O seu perfume, infalível, se espalha
Se há motivo de felicidade
A alegria logo vem depressa partilhar
Trazendo no olhar a novidade
E quando algo não se passa bem
Silenciosa não tarda a chegar
E de mansinho ela logo vem...
E assim atravessa a eternidade
Na qualidade do que há de melhor
Pois nada há de melhor, que a amizade!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Mudança climática aproxima-se do pior cenário, diz cientista

NAIRÓBI - Os efeitos do aquecimento global nos oceanos já se aproximam do pior cenário imaginado por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o que inclui o aumento do nível do mar, furacões devastadores e a destruição dos corais, segundo relatório apresentado nesta quinta-feira, 9.

"A tendência atual, comprovada por imagens feitas por satélite, mostra que o nível do mar sobe três centímetros por década, o que se aproxima do pior cenário entre todos os previstos pelo IPCC", disse Stefan Rahmstorf, professor de física dos oceanos e membro do Conselho Assessor Alemão sobre Clima Global, ligado ao governo da Alemanha.

Na apresentação do relatório "Os futuros oceanos" na Convenção sobre Mudança Climática realizada em Nairóbi, capital do Quênia, o físico alemão destacou que "entre 1900 e 2000, o nível do mar cresceu vinte centímetros, e o IPCC, em seu relatório de 2001, apontou que até 2100 ele ainda pode ter um aumento de entre 9 e 88 centímetros".

Segundo Rahmstorf, o aumento do nível do mar, derivado do derretimento das geleiras, entre outros fatores, é uma das conseqüências mais graves que a humanidade pode sofrer com as mudanças climáticas. Partes de Nova York, Holanda, Bangladesh e milhares de pequenas ilhas
podem ficar submersas.

"A atividade humana está desencadeando nos oceanos mudanças sem precedentes em vários milhões de anos" e essas alterações "já podem ser medidas", destacou o cientista.
A temperatura da superfície do mar está crescendo quase no mesmo ritmo em que a do ar e, entre 1974 e 2005, já foi constatada uma redução da quantidade de gelo no Ártico de 20%.
"Em meados deste século já poderemos ter um Oceano Ártico sem gelo durante o verão", afirmou Rahmstorf.

Segundo o relatório, os recifes de corais tropicais, ecossistemas marinhos de maior biodiversidade, estão seriamente ameaçados pela mudança climática e é possível que a maioria deles seja destruída nos próximos cinqüenta anos.

Além disso, a dissolução de dióxido de carbono na água contribui para que ela se torne mais ácida, o que pode ter "profundos efeitos" nos organismos marinhos.

Embora não esteja comprovado que a mudança climática aumenta o número de furacões, há evidência que as alterações no clima podem aumentar a força destrutiva desses fenômenos.