quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Sem portarias
A vereadora Ana Cativo retornou hoje de Belém. É a segunda viagem da vereadora petista em poucos dias. Ele foi manter contatos políticos e, quem sabe, arrancar as portarias de nomeação da cota do PT de Itaituba. Mas, confessou ao blog que voltou de mãos abanando e não faz a menor idéia quando sairão as nomeações.
Sonhador
O ciclista Jovem Sonhador esteve ontem em Brasília, junto com seu companheiro de viagem, Trilouco. Eles foram recebidos no gabinete do deputado federal Zé Geraldo (PT) a quem entregaram um documento em nome do povo desta região, no qual é solicitada, mais uma vez, a pavimentação da BR 163. Os almoçaram com o deputado e depois ficaram de seguir rumo a S. Paulo onde tentarão participar de programas de TV em rede nacional, com o objetivo de chamara atenção para o problema da Santarém-Cuiabá.
domingo, fevereiro 11, 2007
Cantada
Edir Pires, o mais votado entre os candidatos com domicílio eleitoral em Itaituba nas eleições do ano passado, foi convidado a se filiar ao PSB.
O convite foi feito pelo vice-governador Odair Corrêa há poucos dias. E reiterado ontem à noite num encontro casual entre os dois em Santarém.
Filiado ao PSC, o médico deve deixar o partido. Mas ainda não definiu qual será o seu novo endereço político.
Fonte: Blog do Jeso, que pelo visto testemunhou o encontro dos dois
O convite foi feito pelo vice-governador Odair Corrêa há poucos dias. E reiterado ontem à noite num encontro casual entre os dois em Santarém.
Filiado ao PSC, o médico deve deixar o partido. Mas ainda não definiu qual será o seu novo endereço político.
Fonte: Blog do Jeso, que pelo visto testemunhou o encontro dos dois
Pensata - A arte da não-entrevista
Samuel Lima -
O programa "Bom Dia Brasil" (TV Globo, edição de 02/02/2007) ofereceu aos interessados na reflexão sobre a mídia e seu papel na sociedade, especialmente em sua interação com o campo da política, mais um exemplo lapidar.
Trata-se da "não-entrevista" realizada pela jornalista Cláudia Bomtempo, âncora do programa em Brasília, com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O colunista Alexandre Garcia também participou do estranho diálogo. Selecionei alguns trechos para uma brevíssima reflexão.
Para começo de "conversa", Cláudia abre acusando: "O senhor foi o único que defendeu o aumento de 92% dos salários dos parlamentares e a equiparação com o Supremo Tribunal Federal. O senhor vai manter essa promessa como presidente da Câmara?". Chinaglia, rebateu de bate-pronto: "Primeiro uma correção. Não é verdade que eu defendi o aumento de 92% durante a campanha. Eu inclusive deixei isso por escrito no meu programa, disse que seria pela reposição da inflação".
A jornalista da Globo mantém o raciocínio que dominou toda a cobertura da chamada crise política (a partir de maio de 2005) até o período eleitoral de 2006: a presunção de culpa. Ou, na expressão precisa de Luis Nassif: "Atire primeiro, pergunte depois".
Demonstrando uma precária preparação (pesquisa, organização de informações prévias sobre o assunto e o entrevistado), Cláudia interrompe um raciocínio de Chinaglia, no qual o deputado discutia a necessidade de se fixar um teto salarial, do ponto de vista dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário): "Não acho correto um ministro do Supremo ganhar praticamente três vezes o salário do presidente da República". Ela volta a acusar: "Na prática, isso é um aumento de 92%...". Chinaglia, serenamente, devolve a "pergunta" ao dizer que aquela era a visão da jornalista: "Quando eu disse que o teto deva ser o do Legislativo, eu não disse qual seria o valor. Você está se antecipando".
E faz a pergunta fatal: "Você sabe quanto ganha um juiz em início de carreira no Brasil inteiro? Você sabe?". Constrangida, a jornalista desconversou: "Essa não é a questão agora...". O deputado paulista arrematou: "Estou te usando para provar que nem você, que é uma pessoa bem informada, sabe quanto é o salário de 25 mil servidores do país". Ora, se o fundamento da famigerada proposta de reajuste de 92% era a equiparação dos salários de parlamentares aos dos ministros do Supremo, a jornalista não poderia estar desinformada sobre o assunto.
A pesquisadora Annette Garrett, em sua obra "A entrevista, seus princípios e métodos", discute a necessidade de os profissionais do jornalismo ampliarem sua visão sobre as técnicas de realizar uma boa entrevista. O diálogo a ser construído em uma entrevista, para Garrett, deve ser, acima de tudo, "a arte de ouvir, perguntar, conversar".
E não deveria importar se o entrevistado é o mais humilde cidadão ou o presidente de um dos maiores poderes da República, como no caso do deputado Chinaglia. Cláudia Bomtempo não fez o "dever de casa" e ofereceu à sociedade um exemplo bem acabado de não-entrevista.
Cabe lembrar a pertinente observação do Prof. Albino Rubim (UFBa): " Em uma sociedade democrática, o jornalismo tem uma tarefa altamente relevante. Colocar em debate e discutir os grandes temas, ouvindo as mais diferentes opiniões políticas e segmentos sociais, ajudando a construir uma opinião pública sobre os assuntos mais significativos da vida social. (...) Quando se afasta desta atitude, socialmente reconhecida e legitimada, o jornalismo corre grave perigo e perde sua precípua função na sociedade. Ele se contamina por interesses contrapostos aos públicos, passa a ser um mero instrumento ideológico e perde sua legitimidade social".
Dos quatro noticiosos da TV Globo (além do "Bom Dia", Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo), o telejornal da manhã tem sido o "laboratório" privilegiado para o exercício do protagonismo antidemocrático daquela emissora. Ali, os discursos editoriais se misturam às notícias, num flagrante desserviço ao interesse público.
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Santareno, é jornalista, doutor em mídia e teoria do conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do Curso de Jornalismo do Bom Jesus/IELUSC.
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Como o Samuel está longe e não tenho seu e-mail para pedir permissão, conto com a permissão tácita do amigo Jeso Carneiro, de cujo blog pesquei a pensata publicada acima. É um texto que precisa ser lido por muitos colegas que acham que sabem tudo e até pensam que sabem entrevistar alguém. Leiam, por favor e vejam até onde se identificam com o que o Samuel escreveu. Eu mesmo, ao longo aos meus 36 anos de atividade, quantas vezes fui para uma entrevista sem aprofundar-me nas questões que seriam colocadas ao entrevistado.
O programa "Bom Dia Brasil" (TV Globo, edição de 02/02/2007) ofereceu aos interessados na reflexão sobre a mídia e seu papel na sociedade, especialmente em sua interação com o campo da política, mais um exemplo lapidar.
Trata-se da "não-entrevista" realizada pela jornalista Cláudia Bomtempo, âncora do programa em Brasília, com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O colunista Alexandre Garcia também participou do estranho diálogo. Selecionei alguns trechos para uma brevíssima reflexão.
Para começo de "conversa", Cláudia abre acusando: "O senhor foi o único que defendeu o aumento de 92% dos salários dos parlamentares e a equiparação com o Supremo Tribunal Federal. O senhor vai manter essa promessa como presidente da Câmara?". Chinaglia, rebateu de bate-pronto: "Primeiro uma correção. Não é verdade que eu defendi o aumento de 92% durante a campanha. Eu inclusive deixei isso por escrito no meu programa, disse que seria pela reposição da inflação".
A jornalista da Globo mantém o raciocínio que dominou toda a cobertura da chamada crise política (a partir de maio de 2005) até o período eleitoral de 2006: a presunção de culpa. Ou, na expressão precisa de Luis Nassif: "Atire primeiro, pergunte depois".
Demonstrando uma precária preparação (pesquisa, organização de informações prévias sobre o assunto e o entrevistado), Cláudia interrompe um raciocínio de Chinaglia, no qual o deputado discutia a necessidade de se fixar um teto salarial, do ponto de vista dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário): "Não acho correto um ministro do Supremo ganhar praticamente três vezes o salário do presidente da República". Ela volta a acusar: "Na prática, isso é um aumento de 92%...". Chinaglia, serenamente, devolve a "pergunta" ao dizer que aquela era a visão da jornalista: "Quando eu disse que o teto deva ser o do Legislativo, eu não disse qual seria o valor. Você está se antecipando".
E faz a pergunta fatal: "Você sabe quanto ganha um juiz em início de carreira no Brasil inteiro? Você sabe?". Constrangida, a jornalista desconversou: "Essa não é a questão agora...". O deputado paulista arrematou: "Estou te usando para provar que nem você, que é uma pessoa bem informada, sabe quanto é o salário de 25 mil servidores do país". Ora, se o fundamento da famigerada proposta de reajuste de 92% era a equiparação dos salários de parlamentares aos dos ministros do Supremo, a jornalista não poderia estar desinformada sobre o assunto.
A pesquisadora Annette Garrett, em sua obra "A entrevista, seus princípios e métodos", discute a necessidade de os profissionais do jornalismo ampliarem sua visão sobre as técnicas de realizar uma boa entrevista. O diálogo a ser construído em uma entrevista, para Garrett, deve ser, acima de tudo, "a arte de ouvir, perguntar, conversar".
E não deveria importar se o entrevistado é o mais humilde cidadão ou o presidente de um dos maiores poderes da República, como no caso do deputado Chinaglia. Cláudia Bomtempo não fez o "dever de casa" e ofereceu à sociedade um exemplo bem acabado de não-entrevista.
Cabe lembrar a pertinente observação do Prof. Albino Rubim (UFBa): " Em uma sociedade democrática, o jornalismo tem uma tarefa altamente relevante. Colocar em debate e discutir os grandes temas, ouvindo as mais diferentes opiniões políticas e segmentos sociais, ajudando a construir uma opinião pública sobre os assuntos mais significativos da vida social. (...) Quando se afasta desta atitude, socialmente reconhecida e legitimada, o jornalismo corre grave perigo e perde sua precípua função na sociedade. Ele se contamina por interesses contrapostos aos públicos, passa a ser um mero instrumento ideológico e perde sua legitimidade social".
Dos quatro noticiosos da TV Globo (além do "Bom Dia", Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo), o telejornal da manhã tem sido o "laboratório" privilegiado para o exercício do protagonismo antidemocrático daquela emissora. Ali, os discursos editoriais se misturam às notícias, num flagrante desserviço ao interesse público.
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Santareno, é jornalista, doutor em mídia e teoria do conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do Curso de Jornalismo do Bom Jesus/IELUSC.
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Como o Samuel está longe e não tenho seu e-mail para pedir permissão, conto com a permissão tácita do amigo Jeso Carneiro, de cujo blog pesquei a pensata publicada acima. É um texto que precisa ser lido por muitos colegas que acham que sabem tudo e até pensam que sabem entrevistar alguém. Leiam, por favor e vejam até onde se identificam com o que o Samuel escreveu. Eu mesmo, ao longo aos meus 36 anos de atividade, quantas vezes fui para uma entrevista sem aprofundar-me nas questões que seriam colocadas ao entrevistado.
Elogios do Jeso para iniciativa de Paulo Gasolina
Recebo e publico o comentário do amigo Jeso Carneiro a respeito da nota VEREADORES REUNIRAM COM POLÍCIA RODOVIÁRIA
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Jota, a iniciativa do vereador Paulo Gasolina merece elogios. Foi oportuníssima no sentido de que servidores públicos, seja lá qual fora a esfera, têm que tratar com respeito, dignidade e cordialidade todo e qualquer cidadão. Os federais, então, que são a elite do funcionalismo, tem que dar exemplo. Não se pode tolerar de quem quer que seja pago com dinheiro público atitudes descabidas como as denunciadas pelo vereador na Câmara com relação aos patrulheiros.
Jeso Carneiro
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Jota, a iniciativa do vereador Paulo Gasolina merece elogios. Foi oportuníssima no sentido de que servidores públicos, seja lá qual fora a esfera, têm que tratar com respeito, dignidade e cordialidade todo e qualquer cidadão. Os federais, então, que são a elite do funcionalismo, tem que dar exemplo. Não se pode tolerar de quem quer que seja pago com dinheiro público atitudes descabidas como as denunciadas pelo vereador na Câmara com relação aos patrulheiros.
Jeso Carneiro
Deu no Fantástico
Acabo de ver uma reportagem interessante no Fantástico, que tratou dos problemas ambientais da Amazônia.
Os artistas globais que foram ao Acre para gravar a minisérie Amazônia demonstraram grande preocupação com a destruição da floresta. Cristiane Torloni quase chorou, Juca de Oliveira deu um depoimento bastante forte.
O Fantástico noticiou que os artista iniciaram um movimento, com direito a página na internet e tudo, desejando chegar a um milhão de assinaturas para encaminhar um documento para as autoridades pedindo que façam parar de uma vez por todas o desmatamento na região.
Até aí, tudo bem. É muito bom que gente tão exposta na mídia libere seu grito em favor dessa causa. Mas, só uma coisinha que chamou atenção deste blogueiro: em nenhum momento, nem a produção da matéria, nem os artistas globais lembraram que aqui vivem em torno de 25 milhões de brasileiros. É impressionante essa cegueira que há com relação ao nosso povo.
Concordo que não se deve apenas destruir e já me manifestei fartamente sobre isso; mas, será que somos considerados criaturas inferiores?
Pelo modo como se desenvolveu a reportagem, o importante é salvar floresta, não importando a gente que vive nela.
Não esqueço que, quando coordenava o departamento de jornalismo da TV Tapajós de Santarém, afiliada da Rede Globo, recebemos a visita de uma senhora de idade, gente importante do WWF, com recomendações expressas da nave mãe para dar toda cobertura à distinta senhora. O WWF tem um peso e tanto na Globo.
É, meus amigos. É assim que somos tratados. Se achar que deve, manifeste sua opinião pelo blog, concordando ou discorcando.
Os artistas globais que foram ao Acre para gravar a minisérie Amazônia demonstraram grande preocupação com a destruição da floresta. Cristiane Torloni quase chorou, Juca de Oliveira deu um depoimento bastante forte.
O Fantástico noticiou que os artista iniciaram um movimento, com direito a página na internet e tudo, desejando chegar a um milhão de assinaturas para encaminhar um documento para as autoridades pedindo que façam parar de uma vez por todas o desmatamento na região.
Até aí, tudo bem. É muito bom que gente tão exposta na mídia libere seu grito em favor dessa causa. Mas, só uma coisinha que chamou atenção deste blogueiro: em nenhum momento, nem a produção da matéria, nem os artistas globais lembraram que aqui vivem em torno de 25 milhões de brasileiros. É impressionante essa cegueira que há com relação ao nosso povo.
Concordo que não se deve apenas destruir e já me manifestei fartamente sobre isso; mas, será que somos considerados criaturas inferiores?
Pelo modo como se desenvolveu a reportagem, o importante é salvar floresta, não importando a gente que vive nela.
Não esqueço que, quando coordenava o departamento de jornalismo da TV Tapajós de Santarém, afiliada da Rede Globo, recebemos a visita de uma senhora de idade, gente importante do WWF, com recomendações expressas da nave mãe para dar toda cobertura à distinta senhora. O WWF tem um peso e tanto na Globo.
É, meus amigos. É assim que somos tratados. Se achar que deve, manifeste sua opinião pelo blog, concordando ou discorcando.
sábado, fevereiro 10, 2007
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