domingo, junho 02, 2019

Resultado de imagem para Fotos de Míriam leitãoMiriam Leitão ( O Globo) - Está tudo dando errado, mas ele acha que fez tudo certo, apenas não está sendo entendido. A economia encolheu no primeiro trimestre, a máquina pública está parada em várias áreas estratégicas, como a educação, a relação do governo com o Congresso é tumultuada e a popularidade presidencial caiu nos primeiros meses de mandato. Apesar disso, Jair Bolsonaro diz que é o único presidente que conseguiu “nomear um gabinete técnico, respeitar o parlamento e cumprir o compromisso constitucional de independência dos poderes”. Mostra desconexão com fatos passados e presentes.
Durante toda a entrevista do presidente Bolsonaro à “Veja” ele faz afirmações espantosas. Diz que antes votava contra a reforma da Previdência porque na Câmara “você tem informação de orelhada”. Pergunta o que é “governabilidade”, como se fosse algo a ser menosprezado. Sobrevoa com explicações rasas o escândalo que ronda seu filho Flávio e seu velho amigo Fabricio Queiroz. O único erro que admite ter cometido foi a nomeação do ex-ministro Vélez Rodriguez, escolhido por Olavo de Carvalho. Uma escolha bem técnica como se vê. 
Quando deu errado é que ele se lembrou de perguntar onde Olavo o conhecera. “De publicações”, respondeu seu guru. E o presidente então reagiu: “Pô Olavo você namorou pela internet?” E assim vai Bolsonaro exibindo seu estreito entendimento dos fatos. Ele diz que é “claro” que há sabotagem contra seu governo. Disso, sinceramente, ele não precisa.
Na economia o que se discute é como evitar a recessão. O país parece a um evento de voltar a ela. Como o primeiro trimestre ficou negativo e foi atingido pelo encolhimento da produção da Vale, o consenso é o de que o país terá um número ligeiramente positivo no segundo trimestre, escapando assim da definição técnica de recessão. Não porque vai crescer, mas porque será favorecido pela estatística. 
Quando se comparar o segundo trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o resultado será favorável por causa da greve dos caminhoneiros que derrubou a economia naquele período de 2018. As contas são feitas assim. Na economia não se tem expectativa de um fato positivo, mas sim o de ganhar um pontinho na comparação com um passado ainda pior. Mas se não há recessão oficialmente, o ambiente é sem dúvida recessivo, e o desemprego, como mostrou-se mais uma vez na sexta-feira, devastador. 
A reação do governo ao número negativo do PIB está sendo a de copiar Michel Temer e avisar que será liberado dinheiro do FGTS. Se forem contas inativas, não será suficiente, se forem contas ativas, a liberação terá que ser feita paulatinamente sob pena de desorganizar o sistema de financiamento imobiliário. No mercado financeiro, a proposta que aparece é para uma redução da taxa de juros, remédio que não é bem visto pelo Banco Central neste momento.
O governo joga todas as fichas na reforma da Previdência que é, como se sabe, condição necessária para o reequilíbrio das contas, mas não suficiente. A atual administração herdou uma economia cheia de problemas, que se acumularam ao longo dos últimos anos. Não resolveria tudo num passe de mágica. Mas até agora, cinco meses passados, não tem apresentado fórmulas para saída da encrenca. Não há solução mágica, mas o grupo que chegou ao poder em janeiro dizia que havia, fazendo inclusive a promessa de zerar o déficit público no primeiro ano.
Nos últimos dias, o presidente falou que estava costurando um pacto com os três poderes. Incluiu, com a anuência do presidente do STF, Dias Toffolli, o Judiciário. “É bom ter a Justiça ao nosso lado”, disse para o arrepio dos juristas. Contraditoriamente, criticou o STF por estar a um passo de criminalizar a homofobia e prometeu indicar um ministro evangélico para o Supremo. Alegou sofrer pressões terríveis, às quais “outros não resistiriam”, criou a ideia de que a imprensa dizia que ele não seria eleito se não mentisse. E foi nesse roldão, com seus improvisos desastrosos.
A crise do país é grave, sair dessa paralisia econômica exigirá empenho e competência. O presidente parece envolvido demais com questões irrelevantes ou com interpretações duvidosas da realidade. O risco de uma nova recessão é real. Pode não acontecer no próximo trimestre, mas é ela que está à espreita.

Wilson Lima viaja para Israel

Portal do Holanda - O governador do Amazonas, Wilson Lima, viajou com sua esposa para Israel, sexta-feira.

A ideia da viagem é encontrar-se com líderes políticos israelenses para tratar de assuntos como exportação e importação de alimentos e produtos tecnológicos. 

Essa agenda foi combinada com o embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley.

O governador retornará ao Brasil no próximo sábado.

Pará é o segundo estado que mais fecha lojas

Ary Souza / O LiberalComércio paraense só perde para o Rio de Janeiro em números de estabelecimentos fechados em 2018
O comércio paraense ainda sofre para se recuperar da estagnação econômica em que o País mergulhou nos últimos anos. Prova disso é que enquanto o setor apresentou reação no País em 2018, com mais aberturas do que fechamentos de estabelecimentos comerciais em 15 dos 27 estados brasileiros, o Pará surge com um dos piores resultados da federação. No ranking de abertura líquida de lojas com vínculos empregatícios, o Estado só teve desempenho menos inglório do que o Rio de Janeiro, que tem acompanhado os investimentos atraídos pelos grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, ruírem a cada dia.
          O Pará, que não teve nenhuma anormalidade na economia local como o estado carioca, encerrou o ano passado com saldo negativo de 374 lojas fechadas, o que corresponde, em média, a um estabelecimento terminando as atividades a cada dia, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se considerar os últimos cinco anos de derrocada da economia nacional, o saldo chega a quase a cinco mil estabelecimentos comerciais fechados no Estado.Para Fabio Bentes, economista da CNC, a lentidão da reversão do fechamento de lojas no Pará está atrelado ao desempenho negativo de outros termômetros da economia. "O que faz o comercio se recuperar é o mercado de trabalho. 
          A gente tem visto números muito ruins, os dados da última pesquisa do IBGE apontam uma população desocupada muito expressiva no primeiro trimestre, são 11,5% da população em idade de trabalhar no Pará. Também tem um grau de informalidade crescente, que atrapalha o comércio, porque a renda média do trabalhador informal é bem menor do que a do formal, cerca de 30%, pelo menos. Os números de subocupados e desalentados são recordes. 
          A gente pode dizer que a subutilização da Força de Trabalho no Pará hoje atinge 21% da população. E tudo isso cria um empecilho para a recuperação do comércio", explica."Um dos principais fatores que afetam as vendas é a falta de crédito para o consumidor, por exemplo. Se a gente olhar a taxa de juros do ano passado e comparar com abril deste ano, a gente observa que a taxa de juros ao longo de 2019 só fez subir, o que atrapalha o consumo a prazo. 
          E o consumo a vista, como alimentos, remédios e combustíveis está sofrendo com uma inflação maior. A inflação acumulada entre janeiro e abril já está em 2,35% na RMB. Já é praticamente metade da meta de inflação, em apenas quatro meses. E qual o problema disso? Além de fazer com que as famílias evitem o consumo de produtos e serviços não essenciais, isso inibe a queda dos juros lá na frente. E o último ingrediente para a receita do comércio subir seria a confiança das famílias. Esse índice é mais um em queda em 2019. Então resumindo: a economia está andando para trás, o primeiro trimestre desse ano foi perdido, do ponto de vista do crescimento econômico", completa.
Fonte: O Liberal

sexta-feira, maio 31, 2019

O Estado é Laico. Respeitar Isso Faz Bem


          As pessoas não devem ser avaliadas pela fé que professam, ou pela falta de fé. Infelizmente, não é assim que o presidente Jair Bolsonaro pensa. E parece que ele tem dificuldade para entender que, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
          Quando Bolsonaro afirma, na condição de presidente da República, que “está na hora de haver um ministro evangélico no STF”, ele coloca essa ramificação do cristianismo acima das demais, assim como de outras religiões, ou de quem não tem religião.
          “O Estado é laico, mas, eu sou evangélico”. Mais outra declaração sem pé nem cabeça dele, que tem o dever de governar para todos, independente do credo de cada um.
          Cada cidadão tem o direito reconhecido pela Constituição Federal de praticar a religião que preferir, ou de não professar nenhuma. Ademais, o Brasil é um país onde vive gente de tudo quanto é parte do mundo. Aqui tem cristãos, que são a grande maioria, tem muçulmanos, budistas, religiões de matrizes africanas, e até muito pouco tempo vivíamos todos muito bem, sem brigas.
          O surgimento de algumas religiões neopentecostais fez com que essa paz fosse quebrada a partir de ataques feitos com virulência contra pais e mães de santo. O negócio ficou tão sério que foi parar na justiça.
          Ser evangélico é uma escolha pessoal do presidente e ninguém tem nada a ver com isso. Ninguém é bom ou mau por ser ou não ser evangélico. Todavia, ele não tem o direito de sair por aí querendo que todo mundo siga seus passos, ou tentando provar que só tem gente que presta no meio evangélico. Ele presta um grande desserviço à convivência harmoniosa de séculos e à tolerância religiosa.
          Em nome de Deus já se cometeu barbaridade demais no mundo. As cruzadas, a Inquisição, a perseguição aos judeus que remontam ao tempo de Lutero, guerras e mais guerras em nome de Deus. Os “iluminados”, tenham sido eles católicos, protestantes ou muçulmanos, sempre tiveram sua “inspiração” no Todo Poderoso, em nome do qual se podia matar o inimigo tratado como herege ou infiel. Depois, o Céu estava garantido.
          Temos coexistido como um povo miscigenado pela mistura de tantas etnias, sempre no espírito da paz. Fernando Henrique Cardoso é um homem que não tem religião, considerado ateu. Nem por isso saiu por aí tentando convencer a todos que Deus não existe. É assim que tem que ser. Quem crê, que pratique sua fé, sem esquecer o respeito ao outro. Quem não crê, que viva sua ausência de fé com tolerância a quem acredita.
               O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), lembrou nesta sexta-feira que o Estado é laico - e a Corte, como parte do Estado, não poderia ser formada segundo critérios religiosos. Para o ministro, os integrantes do tribunal devem ser escolhidos pela a formação jurídica e a defesa da Constituição Federal. A declaração foi em resposta ao presidente Jair Bolsonaro que questionou em discurso se não era o momento de se nomear um ministro evangélico para o tribunal.Parte superior do formulário
          Por volta do ano 550 antes de Cristo, Ciro, também conhecido como o Grande, praticou uma política de ecumenismo no Império Persa. Vejam quanto tempo atrás isso aconteceu, tempos em que era muito raro isso ocorrer.

Ele entendia que as pessoas em suas comunidades tinham o direito de professar a fé que tinham abraçado.
          Num momento em que a esquerda se encontra em frangalhos pelo mundo afora, com alguns regimes que ainda se sustentam, caindo pelas tabelas, e a direita cresce, principalmente na Europa, em alguns casos, cambando para a extrema-direita, fica parecendo que estamos caminhando para a escuridão.
          No nosso caso particular, não é apenas uma “inocente” declaração do presidente sobre o que ele considera importante, que é ter um ministro evangélico no STF, mas, o conjunto da obra. É o conjunto de suas declarações, hora inconsequentes, hora fora do contexto, que preocupa. O governo é um carro com as quatro rodas atoladas na areia, sem conseguir se mover, enquanto o seu comandante mostra-se pouco hábil para conduzir a nação para o porto seguro prometido.


             Jornalista Jota Parente

Legislação impede candidaturas de cônjuges, a menos que titular do Executivo se afaste


Resultado de imagem para fotos em vetor de eleições 2020Com a aproximação das eleições municipais, que ocorrerão no ano que vem, uma série de dúvidas e questões pertinentes sobre a elegibilidade de quem é pré-candidato, principalmente em relação aos prefeitos, acentua-se.

No caso de Itaituba, isso ganhou uma nova conotação com a afirmação do prefeito Valmir Clímaco de que sua esposa Solange Moreira Aguiar sua candidata a prefeita, caso não consiga reverter a decisão sobre sua inelegibilidade.

Resoluções do TSE e a Constituição Federal delimitam a legalidade dos parentes que podem disputar vagas.

A Resolução nº. 22.717, em seu artigo 15, parágrafo segundo, diz que “o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito são inelegíveis para sua sucessão, salvo se este, não tendo sido reeleito, se desincompatibilizar 6 meses antes do pleito (Constituição Federal, art. 14, § 7º)”.

Com base na legislação citada, o advogado e professor de Direito Eleitoral da UEPB, Cláudio Lucena Filho explica que em relação ao prefeito são inelegíveis para sucessão do prefeito (a) esposa ou o marido, os parentes de 1º grau – pai, mãe e sogro (a) e filho (a) – e os de 2º grau – irmã (o), cunhado (a), neto (a) e avô (ó).

Como se vê, ainda tem muita coisa para acontecer até que se tenha um quadro definido da corrida eleitoral de 2020.

Bolsonaro ao sinalizar veto a bagagem grátis: 'Eles (o PT) gostam de pobre'

Ao afirmar que a tendência é vetar o dispositivo que determinou a gratuidade no despacho de bagagens aéreas em voos operados dentro do país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que quem gosta de pobre é o PT. "(Para eles) quanto mais pobre tiver melhor", justificou ele, durante a transmissão semanal ao vivo em sua página no Facebook, nessa quinta-feira (30/5).

A volta da franquia de bagagem foi aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional, na análise da Medida Provisória (MP) 863/2018, que permite 100% de participação de capital estrangeiro em empresas aéreas que atuam no Brasil. O texto agora precisa ser sancionado pelo presidente da República para entrar em vigor. O prazo para a sanção vai até o dia 17 de junho.

"A minha tendência é vetar. Não é pelo autor ser do PT não, se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre, quanto mais pobre tiver melhor", disse o presidente em meio a risadas. Durante a declaração, ele estava acompanhado de duas parlamentares do PSL: a deputada federal Aline Sleutjes (PR) e a senadora Soraya Thronicke (MS). Ele afirmou que vai ser muito criticado por tomar essa decisão.
 
O presidente disse também querer ouvir a opinião de seus seguidores sobre o assunto, mas que a decisão estaria praticamente tomada. "Daí eles falam que quando lá atrás passou a cobrar, não diminuiu [o preços das passagens]. Mas, naquela época, por coincidência, aumentou o preço do petróleo lá fora, o dólar variou também de preço. E, não adianta, no final das contas, você vai pagar a conta. No momento, eu digo para vocês, estou convencido, [mas] posso mudar, a vetar o dispositivo", conclui. (Correio Braziense)

Com a confirmação da condenação de Valmir, cenário para 2020 deve mudar


Depois de uma longa espera, finalmente, aconteceu o julgamento do recurso do prefeito Valmir Clímaco no Tribunal Regional Federal, em Brasília.
O colegiado manteve a inelegibilidade do prefeito por oito anos, mas ao contrário do que a oposição esperava, o relator do processo reduziu o tamanho da pena.
No julgamento anterior, a condenação foi de cinco anos e três meses; agora a penal caiu para três anos e quatro meses. Na prática, essa redução de pena livrou o prefeito do regime semiaberto que o obrigaria a passar a noite na cadeia. Por essa nova dosimetria, o prefeito vai responder essa condenação em liberdade e a sua defesa aguarda ainda a publicação do acórdão para recorrer dessa decisão.
O resultado desse julgamento, segundo afirmou o próprio prefeito, não vai tirar o foco do seu governo. Valmir disse que o seu objetivo é manter o ritmo de trabalho para eleger o seu sucessor num eventual impedimento seu na eleição de 2020. A princípio, o nome mais cotado para substituí-lo é o de sua esposa, Solange Moreira, e como no MDB de Itaituba o prefeito é quem dá a primeira e também a última palavra, ninguém deve contestar sua decisão.
A provável inelegibilidade do prefeito deve alterar o cenário político em Itaituba em 2020 e muito mais candidatos devem pleitear o Passo Municipal na eleição do ano que vem. 
Jornalista Weliton Lima, comentário do Focalizando, quinta-feira, 30/05/2019