Em casa, observando com o maior rigor possível as recomendações dos
setores de saúde, idoso e diabético, tenho motivos de sobra para me preocupar
com a pandemia de coronavírus, que tem uma predição especial por pessoas dessa
faixa etária. Como no meu caso, a situação fica ainda mais agravada quando um idoso
que é portador de alguma comorbidade contrai esse vírus (a comorbidade é
simplesmente a ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas no mesmo
paciente e ao mesmo tempo).
Pelo menos, nas minhas atividades de radialista
e jornalista, posso contribuir com o meu trabalho, informando bem a população a
respeito do que está sendo feito pelas autoridades para proteger todos.
Ontem no final da tarde, o blog do Jota Parente
divulgou duas notícias com exclusividade, a respeito disso, notícias
esperançosas. A primeira, referente à provável inauguração, mesmo que precária,
do Hospital Regional do Tapajós, assunto que foi tratado pelo prefeito Valmir Clímaco
com o governador Helder Barbalho.
A segunda informação diz respeito à construção
em tempo recorde, de um hospital maternidade para desafogar o Hospital
Municipal, trabalhando 24 por dia, para tentar entregar a obra em 30 dias. Isso
vai tirar as grávidas, as parturientes e os recém nascidos do convívio com
doentes do HMI, além de abrir leitos no hospital. Tem ainda o empenho do prefeito
Valmir Clímaco para implantar dez leitos de UTI o mais rápido possível no HMI.
Para a realização dessa obra, a prefeitura está
contando com algumas colaborações de empresários, como de José Luiz Português,
proprietário da Construtora JJP, que doou toda a mão de obra para a construção
da maternidade. Toda ajuda será bem recebida.
Estabelecer uma data certa para inaugurar o Hospital
Regional do Tapajós, não é fácil. Ainda faltam algumas coisas que estão em
andamento, como a conclusão do serviço de drenagem do HTR, que a prefeitura
está fazendo porque houve uma falha no projeto da obra, e o serviço não foi
feito.
O prefeito disse que espera entregar esse trabalho
em até 15 dias, e aventa-se a possibilidade de o HRT ser colocado para
funcionar em até 30 dias. Mas, é preciso esperar para ver esse cronograma extraoficial
será cumprido. Todavia, é importante que se acelere esse esforço que será de
fundamental importância para a região Sudoeste do Pará, cujo resultado imediato
será desafogar o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém.
Num momento como esse, com a população do mundo
todo assustada, tem gente que ainda arranja tempo para politizar a crise. Exemplo:
cobranças feitas pelas redes sociais pelo funcionamento da UPA. Não que o
governo não deva ser cobrado por isso, mas, para tudo há o seu tempo certo. A
hora, agora, é de união de esforços em torno de uma causa única que é o bem
comum.
Recolhidos em casa e sem ter o que fazer, muitos
ficam grudados no celular postando tudo que recebem. O pior é que tenho lido
postagens replicadas por pessoas com bom nível de conhecimento, que ocupam
cargos importantes, que em nada ajudam.
Uma dessas postagens diz respeito a um estudo
que teria sido feito pelo Banco JP Morgan, um dos maiores do mundo. Se ao menos
a matéria falasse de um estudo patrocinado pelo referido banco, ainda vá lá.
Nessa publicação informa-se que o pico da pandemia no Brasil ocorrerá depois da
metade de abril.
De acordo com afirmação do ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, em abril começará o pico da doença, que segundo ele,
terá sua curva descendente iniciada por volta de junho. Deus queira que essa
informação sobre o pico em abril e pronto, seja verdadeira. Melhor para todos.
As crianças agem conforme se comportam seus
pais. Meu filho Parentinho, de 11 anos, reflete o que ele vivencia em casa,
estando muito bem informado sobre a pandemia. No grupo de WhatsApp dos colegas
de aula do qual participa, acompanho as conversas deles e posso perceber como
cada família se comporta.
Há pessoas que ocupam posições importantes,
como o presidente da República, Jair Bolsonaro, a mais alta autoridade do País,
e o dono da Havan, o empresário Luciano Hang, que vão na contra mão da maioria.
Ambos afirmam categoricamente, que existe uma histeria, e que há excessos nas
decisões tomadas por governadores e prefeitos para conter a propagação do
coronavírus.
Luciano Hang afirma em um vídeo de oito minutos
que ele postou, que por conta da paralisação, o Brasil não terá uma recessão
como já foi dito, mas, uma depressão pior do que houve no mundo a partir dos
Estados Unidos, que começou em 1929. Para ele, bastava que cada cidade onde um
caso fosse confirmado fechasse, proibindo a entrada e a saída e de pessoas. Não
precisava trancar todo mundo em casa, diz ele.
O Brasil está fazendo o que quase todo o mundo
faz diante da pandemia. Diferente da China, que não fechou o país todo, mas, a
província onde tudo começou. Vai saber nesse momento, quem de fato está certo!
Na China, depois de três dias sem nenhum caso novo ser registrado, o vírus
voltou.
A verdade é que vivemos um tempo de muitas
incertezas. Sem um remédio comprovado que possa combater o coronavírus antes
que o doente precise estar na UTI, com a vacina precisando do prazo de pelo
menos um para ser descoberta e liberada para uso em humanos, o melhor que a
gente a tem a fazer é mesmo ficar em casa. O isolamento social é a única
prevenção à qual neste momento podemos nos agarrar, até que se descubra algo
melhor.
Jota Parente