sábado, abril 04, 2020

Sem água e sem luz: o drama dos brasileiros presos na Venezuela por causa do coronavírus

O analista de sistemas Thawler Andrade dos Santos, de Ponte Nova (MG), não consegue deixar a Venezuela por causa da pandemia do coronavírus Há quase três dias, o analista de sistema de sistemas Thawler Andrade dos Santos (foto), 31 anos, mal consegue lavar as mãos, um dos gestos mais básicos para se proteger da covid-19. Preso em Caracas devido à pandemia, ele está sem água há mais de 60 horas.

– Hoje mesmo eu precisava ir ao mercado mas não pude, porque não tem como me higienizar após voltar da rua. Eles abastecem as casas por apenas 45 minutos por dia. É a hora que tomamos um banho correndo aqui. – contou o analista, que está em uma casa de família, com mais quatro venezuelanos.

A luz é outro item raro. Ontem, faltou energia por 12 horas ininterruptas e os cortes são constantes.

Thawler é um dos mais de 40 brasileiros que não conseguem deixar a Venezuela por causa da crise do coronavírus, que fez os países fecharem fronteiras, estradas e aeroportos. A situação para esse grupo é inda mais complicada, já que o Brasil não tem mais nenhuma representação no país governado por Nicolas Maduro.

Há uma semana, funcionários da embaixada brasileira em Caracas e em consulados de outras cidades encerraram totalmente suas atividades. Os brasileiros ilhados na Venezuela devido à pandemia não mudaram os planos do governo Bolsonaro, que no início de março começou a trazer os integrantes do Itamaraty de volta ao Brasil e rompeu com todos os canais diplomáticos com o país vizinho. 

– O brasileiro aqui na Venezuela está abandonado pelo nosso governo. Não temos nenhuma informação e nem onde buscá-la. Nos números que nos passam, só recebemos uma resposta automática ou um pedido para esperar mais. Preenchi três formulários e não obtive retorno, não consigo contato com ninguém, a verdade é essa. – relatou.

Thawler foi para a Venezuela de férias, visitar a família que o abrigou em 2015, quando fez um intercâmbio no país para trabalhar com crianças carentes. No meio da viagem, se viu preso no país.

Para permanecer na casa, o analista de sistemas pagou um espécie de aluguel no valor de 200 dólares mensais, além de ajudar com compras de comida. Segundo Thawler, os mercados e farmácias tem produtos, mas só é possível fazer a compra no valor total da cédula, pois não há troco para receber de volta.

Procurado para falar sobre a situação dos brasileiros presos na Venezuela, o Itamaraty informou que “continuará trabalhando, sem interrupção, para assegurar a volta ao Brasil de todos os nacionais retidos no exterior em decorrência da pandemia do coronavírus”. 

O governo não informou data nem planos para trazer o grupo de volta para casa. Além da pressão dos brasileiros, o Psol enviou ofícios aos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores cobrando informações e iniciativas relacionadas ao repatriamento de cidadãos. (O Globo)

Número de casos de coronavírus no Brasil pode crescer até seis vezes em 18 dias, dizem pesquisadores

Funcionária inspeciona garrafas de desinfetantes para as mãos à base de etanol Foto: RAHEL PATRASSO/REUTERSPrevisão considera cenário em que país não adota medidas para isolamento de pessoas

RIO — Um grupo de pesquisas formado por diversos institutos e universidades estimou que, nos próximos 18 dias, o Brasil pode chegar a 60 mil casos de coronavírus, cerca de ses vezes mais do que registrou até agora (9.194 ocorrências).

Este cenário, segundo o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois), é considerado o "pior caso". Naquele classificado como "melhor caso", o Brasil terá 25.164 casos de coronavírus no dia 20 de abril. O panorama considerado mais provável, porém, indica aproximadamente 41 mil ocorrências.

Segundo os pesquisadores, as medidas de isolamento são essenciais para evitar que o Brasil siga o caminho trilhado pelos EUA, que contabilizou 277 mil casos de coronavírus até a noite desta sexta-feira (4) e que é atualmente o país com maior número de contágios.

Até agora, porém, o cenário brasileiro não é tão catastrófico quanto o americano.

— Em nosso 40º dia de epidemia (20 de abril), prevemos 41 mil casos. A Itália, em seus primeiros 40 dias, tinha 115 mil. Nos EUA, com 38 dias de epidemia, já havia 240 mil registros confirmados — explica Silvio Hamacher, professor do Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio e um dos autores do estudo. 

— A lição que esses dois países deram ao Brasil e ao resto do mundo é que a demora ou a não adoção de medidas de isolamento dos que podem ficar em casa teve graves consequências.Para o estado de São Paulo, que é responsável por 44% dos casos, as projeções para o dia 20 de abril variam entre 11.154 e 26.777.

O Rio de Janeiro, por sua vez, terá entre 3.156 e 7.576 novos registros, segundo a pesquisa. O estado poderá registrar um aumento de 351% de suas ocorrências em um cenário considerado "mediano" (nem otimista, nem pessimista).

— Os países com os melhores resultados na diminuição da taxa de crescimento foram aqueles que adotaram as medidas mais rigorosas o quanto antes: quarentena, testagem massiva, isolamento da população, fechamento de escolas e fronteiras e proibição de eventos. A implementação dessas medidas interferiu diretamente nos resultados — ressalta Hamacher.

O Nois é um grupo de pesquisa formado por profissionais de diversas instituições: Departamento de Engenharia Industrial e Instituto Tecgraf da PUC-Rio, Barcelona Institute for Global Health (Espanha), Divisão de Pneumologia do InCor, Hospital das Clínicas FMUSP, Universidade de São Paulo, Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e Fiocruz. (O Globo)

Igreja cria drive-thru da oração, em Belém

No ano passado o diretor Gabriel Mascavo realizou o filme “Divino Amor”, uma distopia futurista que se passa no ano de 2027. O filme mostra um Brasil dominado pela religiosidade. Em uma das cenas mais curiosas, aparece o sistema drive-thru de oração. Sem tempo para ir ao culto, o fiel pode ir ao drive, receber uma oração sem sair do veículo, e ir embora.

Em meio a pandemia de Covid-19, neste caso, a realidade antecipou-se ao futuro proposto pelo filme..Procurando se reinventar diante dos efeitos das medidas de isolamento e distanciamento social, as igrejas estão investindo transmissões online e, para quem precisar ir à rua,, a opção do drive-thru da oração, assim como no filme.

Foi o que fez a igreja Assembleia de Deus, em Belém. Localizada na José Malcher, uma região que, mesmo com as restrições de isolamento recebe movimentação de pessoas e veículos, os pastores montaram o serviço de oração para pedestres e motoristas. Respeitando as orientações de segurança, os fiéis recebem a oração sem sair do veículo.

Vários motoristas fiéis pararam para receber a oração no drive-thru da instituição religiosa, que planeja mais ações para este período de pandemia. (Diário Online)

ARTIGO: O papel das instituições filantrópicas de saúde no combate à Covid-19

 A saúde pública no Brasil passa por um dos momentos cruciais de sua história com a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). 

Enquanto governos e municípios tentam diminuir a propagação do vírus, por meio do isolamento social e quarentenas, hospitais e unidades de saúde por todo o País buscam se preparar para oferecer socorro ao volume exponencial de pessoas contaminadas pela doença.

As instituições filantrópicas de saúde desempenham um papel ainda primordial no atendimento à população, pois, juntas, gerenciam 163.209 leitos de internação, o que representa 37,91% do total de leitos disponíveis no Brasil, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Entidades sem fins lucrativos, com o objetivo de propagar ações de interesse público, são protagonistas na gestão de serviços essenciais, como saúde, educação e assistência social. Entre os precursores desse trabalho na saúde, estão as Santas Casas, vinculadas ao trabalho promovido pela Igreja Católica e ao carisma cristão.

Para se ter uma ideia da importância da atuação dessas instituições na área da saúde pública do País, hoje elas disponibilizam mais do que o dobro de leitos de unidades gerenciadas diretamente por governos de Estado (69.205) e mais de 15 vezes em comparação com o Governo Federal (9.988).

Diante de um cenário desafiador e ainda incerto no Brasil, sobre os rumos da pandemia do novo coronavírus, a União deve repassar R$ 2 bilhões às Santas Casas e hospitais filantrópicos, destinados a uma ação emergencial no combate à Covid-19. Os recursos deverão fortalecer a maior rede assistencial de saúde do País. No entanto, governos Estaduais e Federal precisam garantir e promover políticas de saúde pública que suportem a demanda. 

As projeções do Ministério da Saúde estimam a criação de 1,6 mil leitos de UTI e mais de 22 mil leitos de enfermaria na primeira etapa de enfrentamento à doença, que irá ocorrer durante o mês de abril.

Nesse momento, a participação das instituições filantrópicas será fundamental no apoio e administração dos leitos, com profissionais que compreendem os desafios da pandemia e, ao mesmo tempo, promovam o gerenciamento da contenção da doença nos hospitais. Em muitos casos, são as filantrópicas que garantem a assistência à saúde em lugares remotos do país.

É inegável que as entidades filantrópicas vão desenvolver um importante suporte no atendimento da população durante o pico da Covid-19, previsto para os meses de abril e maio. Os diversos casos confirmados da doença apontam para a necessidade de treinamento adequado, instalações preparadas e o controle de riscos que reforcem a segurança do paciente. Desde o início da pandemia, não medimos esforços para manter contato com outros órgãos de saúde e promover o apoio necessário, além de orientação à comunidade onde os nossos hospitais gerenciados estão inseridos.

No caso da Pró-Saúde, são gerenciados cerca de 180 leitos de UTI e mais de 1.700 leitos de enfermaria, em 12 Estados brasileiros — a maioria no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Sustentando o título de uma das maiores instituições filantrópicas do país, com mais de 50 anos de atuação em gestão hospitalar e da saúde, a Pró-Saúde tem um exército de 16 mil colaboradores, e integra a rede de referência ao novo coronavírus em diversas regiões. 

Hospitais gerenciados no Pará, como os regionais de Marabá, Altamira e Santarém, localizados em região Amazônica, por exemplo, estão preparados e passaram por treinamento específico em relação à Covid-19.

Entre os inúmeros desafios a serem enfrentados no combate a essa doença, reforçamos nossa comunicação com as regiões remotas e nas fronteiras do Brasil – possivelmente, onde o impacto assistencial será ainda maior. 

Temos a expertise, a inteligência da gestão e mão de obra qualificada para o enfrentamento de um vírus altamente contagioso e que não poupa vidas em todo o mundo. Estamos diante de um momento histórico para a humanidade e todas as entidades filantrópicas são chamadas a oferecer aquilo que de melhor sabem fazer: uma assistência segura, humanizada e de qualidade, especialmente, aos nossos irmãos mais vulneráveis. 

Entre tantas incertezas de pesquisadores e especialistas, temos apenas uma convicção: a de que o trabalho de milhares de profissionais à frente das instituições filantrópicas sairá ainda mais fortalecido desta crise sem precedentes. A cada vida salva, terá valido a pena todo o esforço e sacrifício exigidos neste momento.

Dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG)
Presidente da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar
 Comunicação – Pró-Saúde

Barroso reconhece que eleições municipais podem ser adiadas Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/politica/noticia/2020/04/03/barroso-reconhece-que-eleies-municipais-podem-ser-adiadas.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.

O ministro Luis Roberto Barroso admite que pleito de outubro pode ser afetado pelos efeitos da pandemia  — Foto: Jorge William/Agência O Globo
Decisão sobre nova data para o pleito de outubro deve ser decidida pelo Congresso

Futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso admitiu que as eleições municipais marcadas para outubro podem ser adiadas devido à pandemia do novo coronavírus. 

Ele, no entanto, pontuou que ainda é cedo para traçar qualquer cenário e reiterou que uma eventual decisão sobre a prorrogação dos mandatos de prefeitos e vereadores depende do Congresso.

"O debate ainda é precoce porque não há certeza de como a contaminação vai evoluir. Na hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período necessário para que as eleições possam se realizar com segurança para a população, talvez dezembro", disse.

O ministro, no entanto, diz não considerar uma "boa a ideia" cancelar as eleições e juntar tudo em 2022, quando haverá eleições presidenciais.

"Unificar pode atrapalhar a diferença entre o debate das questões nacionais e das questões locais", apontou.

Ele, no entanto, reiterou que "a palavra final na matéria será do Congresso Nacional, a quem cabe aprovar emenda constitucional a respeito, se vier a ser o caso".
“Como já afirmei anteriormente, a saúde da população é o bem maior a ser preservado. Mas nós estamos em abril. As convenções partidárias para escolha dos candidatos são em agosto. A campanha começa na segunda metade de agosto. As eleições são em outubro", pontuou.

Lideranças políticas têm defendido que o pleito de outubro deveria ser adiado. Até o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já se manifestou nesse sentido e disse que o Congresso Nacional deveria debater o assunto.

A atual presidente do TSE, em suas manifestações, têm sido categórica ao afirmar que o calendário eleitoral está mantido e que esse debate é precoce. (Valor)


Deputado Júnior Ferrari (PSD-PA) Pede a Redução de Salários de Todos com Cargos Eletivos

Covid-19: deputado do PA defende redução salarial de quem tem mandato eletivo Para arrecadar recursos para investimentos no combate ao covid-19 no país, o deputado federal Júnior Ferrari, do PSD do Pará, defende a imediata redução salarial de todos os ocupantes de cargos eletivos — de senadores a vereadores, assim como prefeitos e deputados. 

Defende ainda 50% da verba indenizatória dos parlamentes, bem como a destinação do undo eleitoral para o combate e prevenção à doença viral que se alastra pelo Brasil.

Júnior Ferrari é contra, porém, a redução do salários dos servidores públicos, de qualquer esfera – federal, estadual e municipal.

Fonte: blog do Jeso

Fonte: Blog do Jeso

Projeto “Integração do Norte” valoriza o Oeste do Pará!

A parceria entre a TV Tapajós e a Rede Amazônica, que inicia na segunda-feira, 6 de abril de 2020, será um novo marco na integração do Oeste do Pará com os cinco estados – Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá -, que fazem parte da área de cobertura da afiliada Globo do Amazonas.

O grupo Rede Amazônica, com a matriz em Manaus e a TV Tapajós, com sede em Santarém, firmaram parceria para troca de conteúdo jornalístico e retransmissão de programas que valorizam a Amazônia.

O projeto “Integração do Norte” amplia o alcance de transmissão de conteúdo das afiliadas Globo na região. Atualmente a emissora amazonense já retransmite sua programação para cinco estados da região norte do Brasil. Com a parceria com a TV Tapajós, o conteúdo jornalístico chega também a treze municípios do oeste do Pará.

“A parceria possibilitará uma maior troca de conteúdo entre os dois grupos de comunicação, integrando e valorizando cada vez mais o Norte do Brasil”, destacou o presidente da Rede Amazônica, Phelippe Daou Junior.

Segundo a diretora executiva do Sistema Tapajós de Comunicação, Vânia Pereira Maia, a afinidade entre a população do Oeste do Pará com o Amazonas e o Amapá é muito forte. “Por isso sempre pensamos nessa integração diária. O projeto é uma via de mão dupla, será uma troca de conteúdo, para valorizar ainda mais o material jornalístico que disponibilizamos para os nossos públicos. 

As emissoras afiliadas Globo continuam independentes, cada uma com gestão própria, mas estarão integradas em levar o melhor conteúdo, a melhor informação à população dos quatro cantos do Norte do Brasil”, ressaltou.

A diretora do STC destacou ainda que a parceria entre as afiliadas Globo é uma estratégia importante para levar e ter conteúdo de qualidade, muita informação, valorizando o Oeste do Pará e toda a Amazônia”, finalizou Vânia Maia.

A partir de segunda-feira, entram na grade de programação da Tv Tapajós, os seguintes programas produzidos pela Rede Amazônica:
  • Bom dia Amazônia- das 6:00 às 7:00 horas, com muita notícia e integração.
  • Partiu Amazônia – programa que ressalta entre outros temas, o turismo da Amazônia, com as diversidades de belezas naturais, arquitetônica, gastronômicas das regiões. O Partiu Amazônia, irá ao ar aos sábados, ao meio-dia, antes do Jornal Tapajós 1ª edição.
  • Amazônia Rural – programa do campo, que mostra as atividades do agronegócio, que será exibido aos domingos às 7:00 horas da manhã.

  • É a Rede Amazônica e a TV Tapajós, afiliadas Globo, fortalecendo e integrando a Amazônia!
Fonte: Jornal O Impacto