segunda-feira, abril 13, 2020

O calor pode desacelerar a transmissão do coronavírus?

clima quente e coronavírus O novo coronavírus (Sars-Cov-2) parece se espalhar mais lentamente em países onde a temperatura é elevada. É o que mostra um novo estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Os cientistas compararam a velocidade de crescimento da epidemia nas regiões frias e quentes. Na Noruega, por exemplo, o número de casos saltou, em cerca de uma semana, de 40 a cada milhão de habitantes (medida usada pelos pesquisadores para uniformizar dados globais) para mais de 120 na mesma fatia populacional.

Já na Austrália, país que está no verão, a curva sobe mais devagar. A taxa de infecções em uma semana do mês de março passou de 15 para 20 por milhão de pessoas. Os dados foram colhidos até 21 de março, época em que o Brasil apresentava menos de mil casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

O estudo mostra ainda que, em locais com surtos mais severos, como Irã e Itália, além de certas regiões chinesas e norte-americanas, a temperatura atual varia entre 3 e 17 °C. E, segundo os autores, cerca de 90% dos casos de Covid-19 registrados no planeta são de áreas onde a média atual é de até 11 °C.

Por outro lado, menos de 6% das ocorrências globais foram registradas em regiões com médias acima de 18 °C. Os achados foram publicados no periódico Social Science Research Network.

Calor não é garantia de proteção contra o coronavírus

Ao analisar esses dados, é importante ponderar que muitos países do Hemisfério Sul, como o próprio Brasil, ainda realizavam seus primeiros testes quando o trabalho do MIT foi feito. Sem falar que, em comparação a outras nações, nós estamos apenas no começo da epidemia, e com dados já preocupantes.

A verdade é que existem poucos estudos sobre a relação entre o clima e o novo coronavírus. Para chegar a conclusões mais fidedignas, muitos outros trabalhos precisam aparecer.

domingo, abril 12, 2020

Prefeito de Duque de Caxias que defendia que igrejas permanecem abertas porque a cura do coronavíruas diria de lá é hospitalizado com a doença

O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, testou positivo para coronavírus. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do município da Baixada Fluminense neste domingo (12).

Ele já estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul da capital, desde a véspera, onde realizou o exame.

Reis está na unidade de tratamento semi-intensiva, com "evolução satisfatória", de acordo com a Prefeitura de Caxias.

Polêmica em março

Em um vídeo publicado no fim de março, Washington Reis defendia que as igrejas permanecessem abertas. Naquela época, um decreto do governador Wilson Witzel (PSC) suspendia eventos com aglomerações e, segundo a assessoria de imprensa do estado, com efeito também em templos.

Uma decisão em primeira instância acabou determinando o fechamento das igrejas, mas a Justiça a derrubou em segunda.

"Nossa orientação desde a primeira hora foi manter as igrejas abertas porque a cura virá de lá, né? Dos pés do Senhor. Vamos, se Deus quiser, orar. Agora mesmo estou indo para o monte, daqui a pouco. Estamos buscando... Duque de Caxias tem uma proteção de Deus para que escape dessa epidemia que vem ceifando milhares de vidas pelo mundo afora", disse o prefeito no fim do mês passado.

Casos na cidade

Em Caxias, são 81 casos confirmados de Covid-19. Foram registrados 16 óbitos. Em todo o estado, até este domingo, são 170 mortes e 2.855 casos confirmados.

Caxias é a terceira cidade mais populosa do Rio, com população estimada de quase um milhão de pessoas.

sábado, abril 11, 2020

Peninha fala de seu projeto de reeleição'

"A última coisa a pensar neste momento é em política", diz governador do Ceará para Bolsonaro

Governador Camilo Santana (PT) Pelas redes sociais, o governador do Estado Camilo Santana (PT) reagiu neste sábado aos últimos movimentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que rompeu novamente o isolamento social e estimulou a volta ao trabalho.

“A última coisa a pensar neste momento é em política, partido, ideologia”, escreveu o petista. “Presidente Bolsonaro, governadores e prefeitos, precisamos todos estar unidos para minimizar os efeitos do coronavírus para nossa população”. Na mesma postagem, o chefe do Executivo pediu para que os gestores deixem “as divergências de lado” para seguir juntos “pela vida”.

Também neste sábado, Bolsonaro visitou obras de um hospital de campanha em Goiás, governado por Ronaldo Caiado, do DEM. Lá, o presidente voltou a interagir com apoiadores. Sem máscara, cumprimentou pessoas que o esperavam atrás de cordão de isolamento.

Pelas ruas do País, grupos minoritários pediram o fim da quarentena. Os movimentos se concentraram principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Jornal do Povo

Sindicato dos Médicos pede intervenção federal na Saúde do AM e critica mudança no comando da pasta

Manaus – O Sindicato dos Médicos do Estado (Simeam) emitiu, na manhã deste sábado (11), uma nota assinada pelo médico Mário Viana, presidente do sindicato, em que pede a intervenção do governo federal na Saúde do Amazonas, reforça o descontentamento dos profissionais da saúde com o governo estadual e questiona a troca do secretário de Saúde, Rodrigo Tobias por Simone Papaiz, nesta quarta-feira (8), feita pelo governador Wilson Lima.
Na nota, o sindicato faz um paralelo entre o Pará e o Amazonas. “Ao contrário do Pará, que historicamente constrói de dentro para fora suas alternativas, o Amazonas segue a sina de importar soluções que, na maioria das vezes, não correspondem as nossas necessidades”, se referindo a secretária Simone Papaiz, oriunda de São Paulo.

Com 53 mortes e saúde à beira do colapso, Manaus vai receber médicos de outras regiões

 Brasília (Diário do Amazonas) – A cidade de Manaus vai ser a primeira do País a receber médicos e enfermeiros de outras regiões do País para apoiar o atendimento a casos de coronavírus. Manaus está com seu sistema de saúde operando no limite. Hoje, o Estado do Amazonas é o quarto do País em número de contaminações, com 1.050 casos oficialmente conhecidos, além de 53 mortos.

Fora de Manaus, a disseminação do vírus avança em regiões do Estado marcadas pela presença de povos indígenas. Neste sábado (11), dois indígenas tiveram a morte confirmada pela Funai, vítimas da Covid-19.

Fora de Manaus, a disseminação do vírus avança em regiões do Estado marcadas pela presença de povos indígenas. Neste sábado (11), dois indígenas tiveram a morte confirmada pela Funai, vítimas da Covid-19.

Amazonas tem 54 municípios em estado de calamidade e emergência

Fazem parte dos municípios que estão em estado de Calamidade: Amaturá, Beruri, Boca do Acre, Careiro da Várzea, Codajás, Nhamundá, Tapauá e Tefé, além da capital Manaus Manaus - Levantamento feito pela Associação Amazonense de Municípios (AAM) indica que das 61 prefeituras do interior do Amazonas, 56 já publicaram decretos de Alerta, Emergência ou Calamidade nas últimas duas semanas, diante da pandemia de Covid-19 (coronavírus).

Fazem parte dos municípios que estão em Estado de Calamidade: Amaturá, Beruri, Boca do Acre, Careiro da Várzea, Codajás, Nhamundá, Tapauá e Tefé, além da capital Manaus, que decretou no dia 23 de março.

Em Estado de Emergência estão 46 municípios no Amazonas, entre eles Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo e São Gabriel da Cachoeira e em Alerta dois municípios (Tabatinga e Urucará). 

Anamã, Barcelos, Eirunepé, Japurá e Novo Aripuanã ainda não publicaram qualquer tipo de decreto.De acordo com o presidente da AAM e prefeito de Maués, Junior Leite, o Estado de Emergência pode ser usado em situações de desastres naturais, grande acidentes e pandemias, como a do coronavírus, enquanto o de Calamidade é decretado quando pode existir o comprometimento das funções e serviços prestados pelo Estado, no caso das prefeituras.

“Na prática, com os decretos, os gestores podem agir de forma mais rápida e eficaz, propor iniciativas e normas para a população, ao mesmo tempo em que reduz a burocracia e o acesso a recursos e aos órgãos públicos, principalmente na esfera federal”, disse Junior Leite ao acrescentar que os decretos permitem ações imediatas como a restrição da circulação de pessoas, fechamento do comércio, escolas e outras iniciativas voltadas para priorizar o isolamento social da população.

Leite disse que além da pandemia de Covid-19, outro ponto de atenção dos prefeitos é quanto ao período de chuvas e possíveis cheias dos rios no interior do Estado nos próximos meses.

“Historicamente, muitos municípios do interior sofrem e ficam isolados nesta época do ano. Estamos fazendo o acompanhamento junto às prefeituras e alertando aos órgãos estaduais para a situação, providências e ações preventivas”, afirmou Junior Leite.

O Amazonas em Tempo
*Com informações da assessoria