quarta-feira, junho 10, 2020

35 mortos por Covid-19 em Itaituba e secretário diz que não está na hora de discutir flexibilização



De ontem para hoje, portanto, nas últimas 24 horas, mais quatro óbitos foram registrado em Itaituba.

Com isso, sobe para 35 o número de mortos por coronavírus no município.

Os números ainda são muito preocupantes.

Questionado pela reportagem do blog sobre informações veiculadas dando conta de que a prefeitura cogitava começar discutir a flexibilização das medidas restritiva, o secretário de saúde, enfermeiro Adriano Coutinho afirmou que antes do dia 20 deste mês não vislumbra essa possibilidade.

Para discutir esse assunto, disse o secretário, é necessário que o combate à pandemia apresente números positivos robustos.

Se o crescimento dos novos casos não tem tido um crescimento vertiginoso, o número de mortos dos últimos dias é um sinal de alerta para não se baixar a guarda.

Brasil supera EUA e Reino Unido e é o 1º na média diária de mortes por covid

Inscription COVID-19 on blue background. World Health Organization WHO introduced new official name for Coronavirus disease named COVID-19Enquanto governadores de quase todo o Brasil flexibilizam as regras de isolamento, o País registrou nos últimos sete dias a maior média de óbitos provocados pelo novo coronavírus em todo o mundo. Com isso, deixa para trás Estados Unidos e Reino Unido, países que tiveram o maior número absolutos de mortes até agora.

Na última semana o Brasil registrou 7.197 mortes pela covid-19, média de 1.028 por dia, segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os EUA, que encabeçam a lista de óbitos pela pandemia registrou no mesmo período 5.762 mortes, média de 823 por dia. Já o Reino Unido, que ocupa o segundo lugar na lista de óbitos, contabilizou nos últimos sete dias 1.552 mortes, média de 221 por dia.

O Brasil também bate países onde a curva da doença é ascendente, como o México, que registrou 3.886 mortes por covid19 ena última semana, média de 555 por dia. Para especialistas ouvidos pelo Estadão, o elevado número de mortes é resultado da falta de coordenação nacional das políticas de combate à pandemia e a tendência é de que o quadro piore com as flexibilizações anunciadas pelos governadores e defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro.

¨Na verdade, este resultado é fruto do mau manejo da pandemia no país. O Brasil começou bem com o ministro (Luiz Henrique) Mandetta (demitido por Bolsonaro em abril), mas agora está cometendo um erro terrível relaxando as medidas de distanciamento exatamente no momento em que está se aproximando do pico da curva¨, disse o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Segundo ele, levantamentos mostram que na última semana o Brasil assumiu a primeira posição global não só em números absolutos como também na média relativa à taxa de óbitos de acordo com a população.

Para o professor de Geografia da Saúde da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Guimarães, o Brasil vai na contramão do mundo ao flexibilizar as medidas de isolamento enquanto a doença ainda cresce em várias regiões do país.

¨O Brasil entrou em um círculo vicioso. Parece que estamos pisando em areia movediça", diz Guimarães. Para ele, o resultado deve ser o alongamento da crise no País, acompanhado de aumento do número de vítimas.

¨Pelos cálculos que a gente fez em maio, com os índices de isolamento ainda altos, o estado de São Paulo chegaria ao teto no final de junho e começaria a cair em agosto, mas o que estamos vendo agora é que vai se estender mais. Ainda não fizemos um novo cálculo, mas a crise deve ir até outubro ou novembro¨, disse Guimarães, que classificou a quarentena realizada no País como ¨meia boca¨.

De acordo com Guimarães, o ritmo atual de propagação da doença aliado ao relaxamento das medidas de distanciamento em várias cidades pode levar o número de mortos a duplicar até o final de julho.¨Isso é exponencial. E o pior é que além de a quarentena ter sido mal feita a retomada também é mal feita, sem monitoramento. A crise vai se arrastar por meses, disse ele.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou a reabertura do comércio de rua a partir desta quarta-feira, 10, nove dias após o governador João Doria (PSDB) ter anunciado o Plano São Paulo, de retomada gradual das atividades econômicas de acordo com cada região do Estado.

Em cidades que reabriram o comércio de rua, como Campinas, o que se viu foram enormes aglomerações nas regiões comerciais, sem possibilidade alguma de manutenção do distanciamento mínimo para evitar novos contágios.

Bolsonaro minimiza pandemia e tenta ocultar números

Em outra frente, Bolsonaro, depois de tentar ocultar os números da pandemia, foi às redes sociais para explorar uma fala da OMS sobre a possibilidade de não haver contágio do novo coronavírus entre infectados assintomáticos.

Mas nesta terça-feira, 9, OMS informou que não há evidência de que os indivíduos com anticorpos não transmitam a doença. Desde março, Bolsonaro tem minimizado a pandemia: já chamou a covid-19 de "gripezinha", vai a manifestações de apoio ao governo, contrariando orientações médicas, defendeu o fim do isolamento social, e recomendou o uso da cloroquina para pacientes, embora não haja comprovação científica da eficácia do remédio.

Fonte: Estadão

Ameaça de ação militar sacode o Brasil com aumento de mortes por vírus

Coveiros em São Paulo.  O presidente Jair Bolsonaro descartou a ameaça do coronavírus, mesmo com o aumento do número de pessoas que morriam.

Enquanto o Brasil se recupera de sua pior crise em décadas, o presidente Bolsonaro e seus aliados estão usando a perspectiva de intervenção militar para proteger seu poder.

As ameaças estão girando em torno do presidente: as mortes por vírus no Brasil a cada dia são agora as mais altas do mundo. Os investidores estão fugindo do país. O presidente, seus filhos e aliados estão sob investigação. Sua eleição pode até ser anulada.

A crise tornou-se tão intensa que algumas das figuras militares mais poderosas do Brasil alertam para a instabilidade - enviando estremecimentos que podem assumir e desmantelar a maior democracia da América Latina.

Mas longe de denunciar a idéia, o círculo interno do presidente Jair Bolsonaro parece estar clamando para que os militares entrem na briga. De fato, um dos filhos do presidente, um congressista que elogiou a antiga ditadura militar do país, disse que uma ruptura institucional semelhante era inevitável.

“Não é mais uma opinião sobre se, mas quando isso acontecerá”, disse recentemente o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, a um proeminente blogueiro brasileiro, alertando sobre o que ele chamou de uma “ruptura” iminente no sistema democrático brasileiro.

O impasse traça um arco sinistro para o Brasil, um país que abalou o domínio militar nos anos 80 e construiu uma democracia próspera. Em duas décadas, o Brasil passou a representar a energia e a promessa do mundo em desenvolvimento, com uma economia em expansão e o direito de sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Desde então, sua economia vacilou, escândalos de corrupção derrubaram ou enredaram muitos de seus líderes e uma batalha de impeachment derrubou seu poderoso governo de esquerda.

Bolsonaro, ex-capitão do Exército, entrou nesse tumulto, comemorando o passado militar do país e prometendo restaurar a ordem. Mas ele foi criticado por subestimar o vírus, sabotar medidas de isolamento e presidir cavalheiresco um dos mais altos números de mortes no mundo, dizendo: 

Ele, sua família e seus apoiadores também estão sendo perseguidos por acusações como abuso de poder, corrupção e disseminação ilegal de informações errôneas. No entanto, quase metade de seu gabinete é composta por figuras militares, e agora, segundo os críticos, ele conta com a ameaça de intervenção militar para afastar os desafios de sua presidência.

"Deputada que prefere engraxar as botas dos militares", diz Doria sobre Zambelli

João Doria criticou a postura da deputada Carla Zambelli, do PSL:

Um coletiva nesta quarta-feira (10), o governador João Doria se manifestou sobre a deputada Carla Zambelli (PSL), que disse esperar novas operações da Polícia Federal envolvendo governadores e citou o estado de São Paulo como um dos possíveis alvos.

"A deputada Carla Zambelli prefere cumprir o papel de mãe Diná, ao invés de cumprir o seu papel de parlamentar. Ela trata a polícia federal como polícia privada", disparou.

"Estamos falando de uma polícia política. Quero registrar, mais uma vez, deputada Carla Zambeli, e a todos que precisam ouvir esta mensagem: São Paulo tem todas as ações fiscalizadas pelos órgãos fiscalizadores", disse.

"São Paulo não precisa de vitrola parlamentar ideológica, e nem de uma deputada que prefere engraxar as botas dos militares, especialmente do seu chefe, o presidente da república. São Paulo pauta as ações pela transparência e, portanto, não deve, nem teme. (Último Segundo - IG)

STJ bloqueia R$ 25 milhões de Helder Barbalho e mais sete alvos de operação da PF


O governador do Pará, Helder Barbalho

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o bloqueio de R$ 25,2 milhões do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e de outros sete investigados da operação Bellum, deflagrada hoje pela Polícia Federal. A ação apura fraudes na compra de respiradores pelo governo do Estado. O valor é referete ao que foi gasto com a aquisição dos respiradores que acabaram não tendo uso.

Segundo investigadores, também foi encontrado um relevante montante de dinheiro em espécie e o valor está sendo contado. Na casa de Peter Cassol, secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará, foram apreendidoscerca de R$ 748 mil.

O relator do caso no STF, o ministro Francisco Falcão, destacou a participação de Barbalho na negociação e pagamento antecipado de R$ 25,2 milhões pelos equipamentos "imprestáveis para uso".

Na decisão, o ministro afirma que há vários indícios de fraude à licitação e prevaricação contra o governador do Pará. Ele também não descarta o crime de corrupção.

Falcão afirma que ocorreu "uma franca negociata entre o chefe do poder executivo" Helder Barbalho e o empresário André Felipe de Oliveira, dono da empresa SKN do Brasil, que participou da venda dos respiradores.

Barbalho nega as acusações e afirmou que os recursos foram devolvidos ao Estado. Ele disse que está "tranquilo e à disposição para esclarecimentos".

Explica tudo direitinho Helder

Espero que o governador do Pará consiga explicar as cabeludas denúncias nas quais está envolvido. 

Tem coisas que não entendi até hoje, como um dos primeiros atos, que foi a compra de dezenas de milhares de cestas básicas numa empresa que não poderia fazer uma venda daquele porte, e recentemente, a compra de milhões de garrafas pets. 

Sem esquecer a história dos respiradores. Fui eleitor dele na eleição passada, por isso, mais do que quem não votou, quero saber da verdade, porque não tenho político corrupto de estimação. 

Espero que ele consiga explicar tudo, porque do contrário, procurarei votar em outro candidato em 2022. 

O Helder já tem bastante experiência para tomar decisões, o que deveria ajudá-lo a não cometer erros crassos, seja por incompetência, seja por causa do DNA. No pai, já muito tempo que não voto. Espero não ter que fazer a mesma coisa com o filho.

Jota Parente

Em mansão de milhões, bombeiro é preso suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco

Foto: Reprodução

O bombeiro Maxwell Simões Corrêa, 44, foi preso nessa quarta-feira (10), suspeito de ser o responsável por dar  se livrar das armas usadas para assassinar o vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro.

“Suel” como é conhecido, é apontado pela polícia como braço direito de Ronnie Lessa e possui relações pessoais e criminais com ele, conforme disse o delegado Daniel Rosa. 

Ele teria recebido as armas de Lessa e as atirado no mar um dia depois dos assassinatos

O suspeito foi preso dentro de uma mansão avaliada em quase R$ 2 milhões, onde mora no Recreio dos Bandeirantes. De acordo com o sistema de informações da Rede Globo, a vida de luxo dele chamou a atenção da polícia e reforçou o suposto envolvimento dele com milícias.

Na mansão, os agentes ainda encontraram uma BMW X6, avaliado em mais de R$ 170 mil.