terça-feira, junho 30, 2020

Prefeito de Manaus é diagnosticado com coronavírus

REUTERS/Adriano Machado

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), foi diagnosticado com Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, mas está em boas condições e recebendo tratamento em um hospital da capital amazonense, informou a prefeitura.

Virgílio, de 74 anos, teve a doença diagnosticada na segunda-feira em um exame de rotina por meio de uma tomografia e está despachando normalmente do hospital, de acordo com nota divulgada pela prefeitura manauara.

"(O prefeito se encontra) hemodinamicamente estável, sem necessidade de uso de drogas vasoativas, mantendo boa saturação de oxigênio em ar ambiente, realizando VNI com boa resposta. Lúcido e orientado, recebendo medicações por via oral conforme protocolo institucional", disse trecho de boletim médico divulgado pela prefeitura.

VNI é um método de ventilação mecânica não-invasiva, informou o governo municipal, acrescentando que Virgílio, que participou de uma inauguração na segunda-feira com presença de público, permanecerá em observação por 24 horas.

"A prefeitura de Manaus informa que já cumpre todos os protocolos dos órgãos de saúde com monitoramento do secretariado e demais autoridades que tiveram contato direto com o prefeito de Manaus na inauguração", informou o governo da cidade.

"Mesmo havendo o distanciamento do prefeito com o público, a população que compareceu ao local, caso apresente algum sintoma, poderá buscar atendimento preferencial e fazer a testagem para a doença", acrescentou.

Manaus foi uma das cidades mais duramente atingidas pela pandemia de vovid-19 no Brasil, especialmente no início, e a prefeitura teve de cavar valas comuns no principal cemitério da cidade para dar conta do número de sepultamentos.

Mais recentemente, o governo municipal apontou uma melhora da situação --com uma queda expressiva nos números diários de novos casos e novos óbitos-- e desmontou um hospital de campanha que havia sido instalado para atender pacientes com o coronavírus.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Município na segunda-feira, Manaus tem 27.132 casos confirmados de Covid-19, com 1.771 mortes.

Time gaúcho se muda para Santa Catarina após decisão do governo

O Grêmio vai se mudar para Santa Catarina. Nesta terça-feira (30), o clube gaúcho fechou acordo para usar o CT do Criciúma, no sul do estado vizinho, para realizar treinos com bola e contato.

A decisão foi tomada em decorrência da posição do governo do Rio Grande do Sul, que afirmou não ter o futebol como prioridade e manteve restrição para trabalhos coletivos e volta dos jogos.

A estadia do Grêmio em Criciúma, inicialmente, deve ser de dez dias.

O embarque do grupo de jogadores, comissão técnica e funcionários depende de logística com hotel para abrigar a comitiva. A previsão é estar em Santa Catarina no final de semana.

A diretoria do Grêmio decidiu sair de Porto Alegre após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reiterar não ter previsão para volta de treinos com bola e contato e adiar posição sobre o retorno do Campeonato Gaúcho.

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Corpo de ex-vereador é trocado por de mulher e causa exumação no Espírito Santo

Ex-vereador Marcos Jacome tem corpo trocado por outro de uma mulher - Divulgação

Pela segunda vez em menos de sete dias, corpos foram trocados em um hospital público do Espírito Santo e tiveram que ser exumados. O caso mais recente envolveu Marcos de Lima Jacome, cujo corpo foi trocado com o de Rosicléia Moreira dos Santos Oliveira. 

O erro aconteceu no Hospital Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, na região norte do Estado. A Secretaria de Estado da Saúde, que administra o hospital, admitiu o erro. 

As funerárias envolvidas no caso não foram localizadas. (UOL Notícias)

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Decotelli sai do Ministério da Educação, sem ter entrado direito

Carlos Decotelli deixa o MEC após polêmicas com seu currículo

Apenas cinco dias como ministro da Educação nomeado e sem chegar a tomar posse, Carlos Decotelli anunciou nesta terça-feira (30) que pediu demissão do cargo após as polêmicas sobre a validade de seus títulos acadêmicos, conforme apuração da Folha de S.Paulo. Com isso, a gestão de Jair Bolsonaro acumula a terceira saída da pasta em menos de dois anos.

Em meio a polêmicas sobre sua trajetória acadêmica, Decotteli foi escolhido para substituir Abraham Weintraub, que deixou o cargo de ministro por embates com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda segundo o jornal, entre os nomes mais cotados para assumir o MEC estão Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), além do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant’Ana e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas, que ocupa o cargo de pró-reitor da Fundação Getúlio Vargas. Freitas, inclusive, aparecia como o orientador do doutorado não realizado por Decotelli.

Além destes, há a possibilidade do núcleo militar do governo apoiar o nome de Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), que auxiliou na mudança do governo.

O Congresso Nacional é outro órgão que pode apoiar um nome. O senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO) é um nome com força entre os parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados.

O professor Gilberto Garcia também pode ser considerado no páreo. Ele já ocupou a presidência  do CNE, reitor da Universidade Católica de Brasília e da Universidade São Francisco (SP), onde leciona atualmente.

O núcleo militar passou a defender também o nome do professor Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), que ajudou na transição do governo.

Com a possibilidade de uma mudança, deputados e senadores passaram a apoiar que a pasta seja comandada por um parlamentar. O nome favorito no Poder Legislativo é o do senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO).

Continua no páreo o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior), Benedito Aguiar, que é evangélico e tem apoio de parlamentares religiosos. Istoé

Morte Jota Camargo enluta a comunicação em Itaituba

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Uma pancada. O peito apertou de dor quando recebi a notícia, hoje de manhã, da morte do meu colega de profissão e amigo pessoal Jota Camargo.

 O coração sangra.

 Jota Camargo foi um dos primeiros colegas com quem tive contato ao chegar a Itaituba.

 Mais que apenas um companheiro de profissão, ele foi meu amigo. Amigo a ponto de preparar uma festa surpresa para a Eliêde, minha primeira esposa, quando ele morava na quinta rua do Jardim das Araras, se a memória não me trai. Mas, era por ali.

 Tivemos muitos momentos bons em reuniões de família em sua chácara, tanto com os meus três filhos mais velhos, Ingo, Glenda e Raoni e sua mãe, quanto com o Parentinho e a Marilene, minha esposa.

 É doído ter que escrever sobre esse assunto. A gente noticia, diariamente, a mortes de pessoas por Covid-19, algumas delas, próximas. Todavia, quando esse vírus leva alguém da nossa convivência, uma pessoa querida como era Jota Camargo, a dor é mais intensa. Eu, que há pouco mais de um mês perdi um irmão para essa doença.

Um dia do começo de janeiro de 1989, pouco depois de ser lançada a nova programação da Rádio Itaituba, então sob o meu comando, Camargo chegou até o meu escritório para conversar sobre um programa que gostaria de apresentar.

A ideia dele coincidiu com a minha intenção de colocar algo na mesma linha. Ali nasceu o programa que o identificou com o rei Roberto Carlos por muito tempo, O Club do Rei.

Algum tempo depois Camargo achou melhor trocar o nome para: Cantando com o Rei, que continuou o sucesso.

Outra grande marca de sua carreira profissional foi o Porteira Aberta, programa segmentado para o setor agrícola/agropecuário, que também fez muito sucesso. Sempre que se falar, Porteira Aberta, seu nome será lembrado.

O amigo de tantas jornadas, Ivan Araújo, falou sobre essa perda irreparável, lembrando que o Jota Camargo chegou no início da década 1980 a Itaituba, vindo do Maranhão, seu estado natal, onde trabalhou no Rádio.

Foi, lembra Ivan, um dos primeiros funcionários da TV Itaituba, sob o comando de Chico Caçamba, com quem trabalhou junto. Depois de Jota Parente, era o radialista há mais tempo em atividade.

Outra lembrança que Camargo deixou, lembra Ivan Araújo, foi sua disposição de engajar-se em lutar sociais, como o SOS Tapajós, do qual fez parte.

Ainda conforme o colega Ivan, mesmo sem ser agricultor, entrou para o Sindicato dos Produtores Rurais (SIPRI), do qual viria a fazer parte da diretoria algum tempo depois.

“Eu coloco essa perda na conta da falta de assistência no município por culpa do Estado. O Estado montou um hospital de campanha em Castanhal, a 80 km de Belém, enquanto aqui o município não conta com uma unidade de UTI. Eu considero isso uma falta de humanidade, uma falta de comprometimento com a saúde da população. Culpa do governo do Estado”, disse Ivan.

Dói, dói muito saber que, tanto com Jota Camargo, quanto com outras pessoas que morreram por Covid-19, poderia ter sido diferente, se o governo do Estado, em vez de se envolver em trapalhadas relacionadas ao uso do dinheiro público, fizesse as coisas direito.

Esse Hospital Regional do Tapajós já deveria estar funcionante há um bom tempo. E não adiante dizer que a obra atrasou no governo de Jatene, porque a responsabilidade agora é de Helder Barbalho, que teve um ano e meio para inaugurar. Mas, não fez o que deveria ter feito.

Quantas mortes ainda teremos que chorar, como a de Jota Camargo, até que o governo do Estado tenha sensibilidade e bote mãos à obra?

Meu contemporâneo, meu colega de profissão, meu amigo, um pouco mais novo que eu, o companheiro Jota Camargo foi mais cedo, mas, deixou sua marca, deixou sua história como um grande profissional da comunicação.

Vá em paz, meu amigo.

Jota Parente