Gravações desmentem versão do ex-diretor sobre jantar onde o cabo da Polícia Militar Luis Paulo Dominguetti denunciou que houve pedido de propina
Segundo o presidente da CPI, Dias mentiu sobre o encontro com Dominguetti, em um restaurante em Brasília, onde ele teria feito o pedido de propina. À comissão, Dias disse que o jantar entre os dois não foi programado. Ele estava tomando chope com um amigo quando o PM apareceu. Omar, porém, citou áudios do celular de Dominguetti apontando que o encontro foi previamente combinado.
— Os áudios do Dominguetti são claros — disse Omar.
Dias foi acusado por Dominghetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply e negociava a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Segundo o vendedor, Dias cobrava um dólar por dose de vacina vendida ao ministério.
Omar Aziz também reclamou que o ex-diretor deixou de dar informações em resposta a algumas perguntas dos senadores, dizendo que o departamento dele não cuidava de um assunto.
Dias confirmou que conheceu Dominghetti no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, mas negou ter pedido propina e disse que solicitou ao representante da empresa Davati que encaminhasse um pedido formal de compra de vacina, que nunca prosperou.
— Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos, o senhor Dominghetti, que aqui nesta CPI foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde — disse Dias completando: — O deputado Luis Miranda possui um currículo controverso — disse, fazendo menção ao parlamentar que o acusa de pressionar de forma "atípica" a compra da vacina Covaxin.
Segundo o presidente da CPI, Dias mentiu sobre o encontro com Dominguetti, em um restaurante em Brasília, onde ele teria feito o pedido de propina. À comissão, Dias disse que o jantar entre os dois não foi programado. Ele estava tomando chope com um amigo quando o PM apareceu. Omar, porém, citou áudios do celular de Dominguetti apontando que o encontro foi previamente combinado.
Fonte: O Globo