Ao derrotar por imobilização a sul-coreana Yoon Hyun-ji, no Nippon Budokan, a atleta obteve a terceira medalha olímpica de sua carreira, de forma consecutiva e da mesma cor na categoria até 78 kg.
Mayra tornou-se a primeira judoca do país a alcançar a marca de três pódios olímpicos. Rafael Silva, o Baby, poderá conseguir igualar o feito nesta sexta-feira (29), na disputa dos pesos pesados (acima de 100 kg).
Esta foi a quarta participação de Mayra nos Jogos, após Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016.
Considerando todos os esportes, ela se igualou à ex-levantadora Fofão, até então a única mulher brasileira medalhista em três Jogos diferentes.
Por causa da operação e da pandemia, ficou 16 meses sem competir, até retornar no Mundial em Budapeste, onde obteve a pontuação que lhe possibilitou ser cabeça de chave em Tóquio.
Na estreia, diante da israelense Inbar Lanir, não deu chances para que a atleta de 21 anos fizesse papel de zebra. Em 40 segundos, a rival já estava de costas no tatame. Ippon para brasileira começar confiante.O segundo combate representava um desafio bem maior diante do seu momento atual de carreira.
Oitava colocada do ranking, ela enfrentou a número 3 e atual campeã mundial, Anna-Maria Wagner. Após 7 minutos e 47 segundos de tensão, com ambas tentando encaixar o melhor golpe e defendendo bem as investidas, a alemã aplicou wazari sobre a gaúcha.
Mayra saiu decepcionada, mas teria três horas de intervalo para se concentrar antes de iniciar a repescagem, que lhe daria o caminho para o bronze, contra a russa Aleksandra Babintseva.
A brasileira derrotou a 18ª do ranking com facilidade porque sua rival não quis combater. Recebeu três penalidades, a última por deixar o ringue de propósito, e foi eliminada.