domingo, agosto 15, 2021
César Filho anuncia excelente notícia sobre Silvio Santos após Covid-19
Brasil vive escalada de grupos neonazistas e aumento de inquéritos de apologia do nazismo na PF
Discurso sectário de Bolsonaro contribui para ascensão de ideologia extremista, avaliam estudiosos
O Brasil vive uma escalada no número de células neonazistas, uma explosão de denúncias de discursos que exaltam essa ideologia de ultradireita nos meios digitais e um aumento de inquéritos que investigam o crime de apologia do nazismo na Polícia Federal.
Esse cenário sinistro acompanha uma onda global de grupos de extrema direita que levaram o secretário-geral das ONU, António Guterres, a instar a criação de uma aliança global contra o crescimento e o alastramento do neonazismo, da supremacia branca e dos discursos de ódio, especialmente a partir da pandemia da Covid-19.
"Tragicamente, depois de décadas nas sombras, os neonazistas e suas ideias agora estão ganhando popularidade", declarou o chefe da ONU em janeiro de 2021.
O Brasil parece ser um triste retrato desse movimento. De 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530, segundo monitoramento feito pela antropóloga Adriana Dias, que pesquisa há duas décadas as atividades desses grupos no Brasil.
Já um levantamento na Central de Denúncias de Crimes Cibernéticos da plataforma Safernet Brasil contabilizou uma explosão de denúncias sobre conteúdo de apologia do nazismo nas redes. Em 2015, foram 1.282 casos, ante 9.004 em 2020 —um crescimento de mais de 600%.
O ano de 2020 também marcou o recorde histórico de novas páginas de conteúdo neonazista e também o maior número de páginas removidas da internet por conta de conteúdo ilegal ligado às ideias do regime de Adolf Hitler. Foram 1.659 URLs (endereços) derrubadas no ano passado, contra 329 em 2015.
"Quando há remoção é porque o conteúdo era de fato criminoso ou violava os termos de uso dos serviços", afirma Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil, organização não governamental que atua na prevenção e no combate a crimes cometidos nos meios digitais.
"Quando o conteúdo é ilegal, as plataformas removem as páginas voluntariamente porque constatam que, de fato, há crime."
Além disso, o número de inquéritos que investigam o crime de apologia do nazismo no âmbito da Polícia Federal aumentaram, no mesmo período, de apenas 6 em 2015 para 110 em 2020. Só de 2019 a 2020, o crescimento das investigações desse tipo de crime foi de 59%. Os dados da PF foram revelados pelo jornal O Globo.
O crime de apologia do nazismo é normalmente enquadrado no artigo 20 da lei 7.716 de 1989. Ela prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para quem fabrica, comercializa, distribui ou veicula símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica para divulgar o nazismo.
Tanto Dias, que acompanha as atividades desses grupos, como Tavares, que recebe e encaminha denúncias aos órgãos competentes, avaliam que a presença do neonazismo cresceu e ganhou visibilidade na esteira da ascensão do discurso sectário do hoje presidente Jair Bolsonaro.
"A fala de Bolsonaro é inflamatória. Suas práticas e discursos são determinantes para a ação e manifestação desses grupos tanto na internet quanto fora dela", avalia a antropóloga que, no mês passado, encontrou em seus arquivos uma carta do então deputado federal Bolsonaro publicada em 2004 em um site neonazista.
A página continha um banner com link direto para a página do político na internet. O caso foi revelado pelo site The Intercept Brasil.
"A descoberta da carta mostra um vínculo com os neonazistas pelo menos desde 2004. E, doravante, todos os sinais que observamos não podem ser vistos apenas como fatos aleatórios ou provocações, mas como projeto", afirma ela.
Coincidência ou não, em 2016, o neonazista Donato di Mauro foi condenado em Minas Gerais a mais de oito anos de prisão por apologia do nazismo e corrupção de menores e, entre seus pertences encaminhados ao Ministério Público, estava uma carta de Bolsonaro.
À época, Di Mauro causou revolta ao postar uma foto em que supostamente enforcava uma pessoa em situação de rua com uma corrente.
"É inegável que as reiteradas manifestações de membros do governo, que evocam gestos e palavras próprios da iconografia nazista, têm empoderado essas células no Brasil”, aponta Tavares. "Não são dois ou três exemplos. São vários. E isso faz com que esses grupos se sintam legitimados."
O presidente adotou como slogan um lema (“Brasil acima de tudo”) que emula o brado nazista “Deutschland über alles” (Alemanha acima de tudo). E seu ex-secretário da Cultura Roberto Alvim protagonizou vídeo em que imitava o ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels.
Em uma live, Bolsonaro e sua equipe tomaram todos copos de leite, num gesto considerado indicativo da exaltação à supremacia branca.
O assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, foi flagrado fazendo gestos considerados obscenos e racistas às costas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Ainda deputado, Bolsonaro defendeu alunos de um colégio militar de Porto Alegre que elegeram Hitler como personalidade histórica. E posou para foto ao lado de um “sósia” do ditador nazista.
Lula costura apoio de governadores e corteja centrão para neutralizar Bolsonaro no Nordeste
No momento em que Jair Bolsonaro (sem partido) inicia uma ofensiva sobre o eleitorado mais pobre do Nordeste, turbinando o programa Bolsa Família, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca na região para estreitar as alianças com governadores e traçar estratégias para as eleições de 2022.
O objetivo da viagem é aparar arestas na construção de palanques locais e formar uma base de apoio mais ampla com apoio local de legendas como PSB, MDB, Cidadania, PP e Republicanos.
Lula desembarca neste domingo (15) no Recife e fica na região até 26 de agosto, passando por Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.
Entre aliados do ex-presidente, a avaliação é que o apoio sólido dos governadores será crucial para barrar o avanço da máquina federal no Nordeste e atrair localmente apoios fora do campo da esquerda.
“A viagem será um momento de retomar contatos, ouvir opiniões e prestigiar os aliados em seus estados. Cada governador é uma liderança importante em seu estado e, no caso do Nordeste, temos muitos governadores do nosso campo”, avalia o senador Jaques Wagner (PT-BA).
Pesquisas apontam que a maioria dos governadores de estados nordestinos têm boa avaliação e está bem posicionada para 2022, seja para concorrer à reeleição, seja para tentar emplacar seus sucessores.
Por outro lado, há uma preocupação com o avanço de aliados de Bolsonaro em suas bases eleitorais, atraindo prefeitos e líderes políticos locais com recursos de emendas parlamentares.
As torneiras abertas têm dado maior musculatura aos partidos do centrão. Nas eleições municipais, por exemplo, PSD e PP se consolidaram entre as siglas com mais prefeitos no Nordeste.
Bolsonaro também tem tentado ampliar sua inserção no eleitorado do Nordeste: tem concedido entrevistas a rádios da região e realizado visitas —na última semana foi a Juazeiro do Norte (CE).
Seu principal trunfo está na criação do Auxílio Brasil, programa que sucederá o Bolsa Família com a ampliação do valor médio pago às famílias de baixa renda. O projeto foi enviado nesta semana para a Câmara dos Deputados.
Mas o presidente ainda tem um longo caminho para reduzir sua rejeição no Nordeste. Pesquisas apontam Bolsonaro com baixa popularidade, sobretudo nas capitais. Nas análises qualitativas, a gestão da pandemia é apontada como principal problema.
Lula, por sua vez, segue como um dos principais cabos eleitorais nos estados da região e ganhou mais força após voltar a ser elegível. Nas qualitativas, é apontado como um candidato associado à estabilidade, mas enfrenta resistências do eleitor conservador.
Em sua visita a estados do Nordeste, Lula trabalhará para amarrar o apoio de governadores da região e seus respectivos partidos aliados. Para isso, contudo, precisa desatar alguns nós na construção de palanques locais.
O principal deles está no Ceará, onde o governador Camilo Santana (PT) deve concorrer ao Senado e apoiar o PDT para o governo estadual. A manutenção da aliança, contudo, enfrenta resistências diante da estratégia do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que aumentou o tom nas críticas a Lula.
“Querem deixar o PT de joelhos, em uma situação subalterna. Isso é inaceitável”, critica o deputado federal José Airton Cirilo (PT-CE), que defende que o partido tenha candidatura própria ao governo.
Em Pernambuco, primeiro ponto de parada do ex-presidente no giro pelo Nordeste, a agenda prioritária é com o PSB.
O partido, considerado por Lula como aliado preferencial na esquerda para 2022, foi decisivo no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 e esteve afastado do PT nas eleições municipais do ano passado.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), que travou disputa acirrada com a prima Marília Arraes (PT) em 2020 e se elegeu usando o antipetismo como estratégia, vai se encontrar com o ex-presidente.
O convite para um jantar no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, onde Lula será recebido pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi feito por interlocutores do ex-presidente.
Até então, Campos e o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) representam os maiores pontos de resistência no partido à aliança nacional com o PT. Nos bastidores, líderes socialistas avaliam que a relação direta com Lula sempre foi bem mais tranquila do que com o próprio PT.
A ida de Campos ao encontro com o ex-presidente é vista como o primeiro passo para o distensionamento da relação entre os dois partidos, ainda com algumas feridas abertas.
“Essa viagem [de Lula] não vai precipitar uma decisão nossa, mas é um passo importante desta caminhada”, avalia o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE), que estará no encontro.
Existe ainda a possibilidade de o ex-presidente participar, em caráter pessoal, de um jantar com Renata Campos, mãe do prefeito João Campos e viúva do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em 2014.
Apesar de ter deixado a Prefeitura do Recife desgastado e com baixa aprovação, Geraldo Julio é o nome mais cotado para a sucessão de Câmara. O ex-prefeito, que defende publicamente candidatura própria ou apoio a Ciro Gomes, não foi convidado para o jantar deste domingo.
No Recife, Lula também vai se encontrar com os deputados federais Dudu da Fonte (PP-PE) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Os dois tentam ser “o senador de Lula” na chapa que deve ser encabeçada por Geraldo Julio.
Silvio Costa Filho, que esteve próximo a Bolsonaro no início do mandato por defender a agenda econômica do governo federal, diz não ter constrangimento em se reaproximar de Lula.
“O pernambucano só se curva para agradecer. Tenho muita gratidão a Lula por tudo que fez por Pernambuco. Foi o melhor presidente para nosso estado”, afirma.
No Maranhão, Lula tem outro nó para desatar. Aliado de primeira hora, o governador Flávio Dino (PSB) trabalha o nome do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para sua sucessão.
A candidatura, contudo, enfrenta resistências dentro do PT, que teria dificuldade em apoiar um tucano para o governo maranhense. Parte da cúpula do partido prefere que o candidato seja o senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Na Bahia, está previsto um jantar com o governador Rui Costa (PT), contando com a participação de líderes como o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o vice-governador João Leão (PP). A ideia é sacramentar a aliança local com apoio a Lula no momento em que o PP aproxima-se nacionalmente de Bolsonaro.
Lula ainda deve fazer uma segunda viagem a estados do Nordeste para visitar Paraíba, Alagoas e Sergipe. Na Paraíba, vai se reunir com grupos antagônicos que se enfrentarão na disputa pelo governo do estado.
É grande a possibilidade de palanque duplo. O governador João Azevêdo (Cidadania) já declarou que tem o aval do presidente do partido, Roberto Freire, para apoiar o petista no estado.
O senador Vital do Rêgo (MDB-PB) também pode disputar o governo com o apoio de Lula e encontrou-se com o ex-presidente na última semana. Nesta eventual chapa, o ex-governador Ricardo Coutinho, que deve migrar do PSB para o PT, tenta emplacar a vaga de candidato ao Senado.
Crise hídrica faz Brasil repensar novas formas de geração de energia
Alta no preço da energia motiva setor energético e autoridades a discutirem liberação do Mercado Livre de Energia para consumidor cativo
O esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas tem resultado no aumento das tarifas dos consumidores de energia elétrica. O chamado “período seco” ocorre todos anos, entre maio e outubro, porém, nos últimos anos os reservatórios não estão se recuperando de maneira satisfatória nos demais meses para atravessar o referido período seco com segurança, e a situação se agravou em 2021.O efeito imediato é sentido nas chamadas Bandeiras Tarifárias, pagas pelos consumidores cativos, ou seja, aqueles atendidos pela distribuidora de energia local. Todo este cenário tem feito muita gente repensar sua forma de consumir energia, para além de hábitos diários de redução de consumo, principalmente pequenos e médios empresários. Muitos têm buscado alternativa mais barata no Mercado Livre de Energia.
Os consumidores livres, como são chamados, não pagam as referidas bandeiras. O diretor comercial da Elétron Energy, José Ricardo Meirelles, explica como funciona a relação. “O consumidor livre só será penalizado com preços elevados no custo de energia elétrica caso não possua contratos de energia previamente acordados com os potenciais fornecedores, ou seja, o consumidor livre consegue se proteger dos preços elevados da energia elétrica naquele momento caso tenha feito uma boa gestão de compra do insumo”.
O Brasil corre risco de apagão?
O termo “apagão”, utilizado de forma coloquial em momentos de crise energética, evidenciou-se em 2001, quando o Brasil enfrentou uma situação parecida com o contexto atual, com escassez de chuva em diversos períodos, o que resultou no racionamento de energia decretado pelo Governo Federal com o objetivo de reduzir o consumo de energia no País.
A medida foi inevitável, já que naquele momento não se tinha como atender a demanda total de energia com a capacidade de geração instalada no Brasil. Naquela altura, a geração de energia hidrelétrica no parque gerador brasileiro representava algo em torno de 85% (hoje é algo em torno de 60%) o que tornava a dependência pela chuva ainda mais relevante.
Mas a palavra apagão também pode se referir a uma situação ainda mais perigosa, onde o volume dos reservatórios acabe atingindo níveis tão críticos que a única medida a ser tomada para evitar danos maiores seriam interrupções temporárias no fornecimento de energia em determinadas regiões do País. Isso seria uma situação extrema, na qual medidas como essas teriam de ser tomadas para evitar um dano maior ao Sistema Interligado de Energia do país.
Novas formas de geração de energia
A busca pela expansão das fontes limpas de energia é uma tendência mundial e pode ser vista no Brasil com o crescimento das fontes Eólica e Solar. Estas, somadas à geração hidrelétrica, tornam o Brasil um dos países com matriz energética mais limpa do mundo.
Apesar do fator sustentabilidade, a falta de previsibilidade dos insumos dessas fontes (vento, sol e chuva) limitam a representatividade das mesmas dentro de uma matriz energética. “O Brasil está passando por essa crise energética, principalmente devido à falta chuvas, o que por sua vez não é o único motivo da referida crise, no entanto, a única forma de reduzirmos o risco de crises energéticas como essa é através de planejamento e ação no que se refere à geração, transmissão e distribuição de energia”, comenta Meirelles.
Segundo o diretor da Elétron, é fundamental que o País tenha matriz energética diversificada e com um peso relevante para formas de geração, onde não se tenha tanta dependência de fatores climáticos, tais como usinas térmicas e nucleares.
“Uma forma rápida e eficaz que poderia ser utilizada para minimizar os impactos da atual crise energética no País seria utilizando-se a lógica econômica/financeira através do mercado livre de energia. Por exemplo, uma indústria que possa parar de produzir temporariamente utilizando os seus estoques para atender o consumidor, poderia vender a sua energia já contratada no Mercado Livre para um outro consumidor. Isso feito em larga escala, tem um grande potencial de redução temporária do consumo de energia no País como um todo”, explica o diretor.
Isto já é possível de ser feito entre os consumidores que se encontram no Mercado Livre, no entanto, a maior parte do consumo de energia no país ainda se encontra no mercado cativo, que não pode realizar esse tipo de negociação. Pensando nisso, Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) apresentou ao Governo Federal uma proposta de liberação temporária de todos os consumidores cativos para o ambiente livre, com o objetivo de utilizar mecanismos econômicos/financeiros para contribuir para a superação da atual crise energética no País.
sexta-feira, agosto 13, 2021
Hospitais públicos paraenses estão com oportunidades de emprego
As vagas de trabalho integram as áreas assistenciais, administrativas e de apoio, em diferentes regiões do Estado
Hospitais gerenciados pela entidade filantrópica Pró-Saúde, no Pará, estão com diversas vagas de emprego disponíveis para contratação imediata. O processo seletivo é para as regiões de Altamira, Ananindeua, Barcarena, Belém, Marabá e Santarém.
As oportunidades contemplam vários níveis de escolaridade e são para as áreas assistenciais, administrativas e de apoio. Pessoas com Deficiência (PCD), podem se candidatar a qualquer uma das vagas.
Saiba mais sobre as vagas
O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará, tem vagas para enfermeiro, auxiliar administrativo e auxiliar de higiene e limpeza. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de agosto.
Em Ananindeua, no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), as oportunidades são para médicos em três três áreas de atuação: clínico geral, cirurgia geral e clínico intensivista. Prazo para inscrição segue até a próxima quinta-feira, 13 de agosto.
Na região do Baixo Tocantins, o Hospital Materno-Infantil de Barcarena Drª Anna Turan (HMIB), localizado a 114km da capital Belém, está contratando técnico de laboratório e jovem aprendiz. O prazo da candidatura se encerra no dia 14 de agosto.
No Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, há oportunidades de contratação para técnico de enfermagem, enfermeiro e copeiro. O prazo da candidatura é até o dia 18 de agosto.
Ainda na capital paraense, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) está contratando copeiro e técnico de enfermagem. As inscrições podem ser realizadas até o dia 15 deste mês.
No Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, as vagas são para os cargos de fonoaudiólogo e Assistente Social, os interessados podem se candidatar até o dia 16 de agosto.
Por fim, no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, região Oeste do Pará, há vagas destinadas exclusivamente para Pessoas com Deficiência (PCD), para atuação nos cargos de auxiliar administrativo e agente de portaria. As inscrições estão em andamento até o preenchimento da vaga.
Saiba como se candidatar
Os interessados em participar do processo seletivo devem acessar o site da Pró-Saúde, no endereço: https://www.prosaude.org.br. Em seguida, no menu "Trabalhe Conosco", selecione a opção "Conheça nossas oportunidades". Clique na vaga desejada e, depois, acesse a opção “Cadastre seu Currículo”.
Para concluir o processo de inscrição, os candidatos devem ter perfil no portal VAGAS (www.vagas.com.br), plataforma externa reconhecida no mercado e que proporciona transparência ao processo.
Cada etapa do processo seletivo, como provas e entrevistas, será realizada no próprio local da vaga. Todas as etapas são eliminatórias.
Fonte: Ana Karla Lima
Analista de Comunicação - HRBA
Negacionismo na Universidade Brasileira
Luís Fernando Lopes (*) - A fala recente do ministro da Educação – “universidade deveria ser para poucos” parece fazer coro com nosso histórico de negação do acesso à educação aos menos favorecidos. Sob o disfarce de uma pseudoneutralidade não ideológica, a fala do ministro revela uma visão muito reducionista da educação e do ensino superior em particular, além de uma concepção de sociedade na qual cada um é obrigado a se conformar com sua situação de classe.
Em um país no qual a ideia de que Universidade possui um
histórico educacional de sabotagens e sucessivas reformas, cujos efeitos nem
sempre são os esperados e anunciados para justificar essas alterações
contínuas, precisa ser privilégio de alguns para ser útil, não obstante ao
enorme preconceito que traz embutida, não soa como uma novidade.
Tentar responsabilizar aqueles que, com muito esforço
conseguiram concluir o ensino superior, e que hoje podem estar desempregados
pela incompetência de gestores políticos que atuam na contramão do
desenvolvimento do país, é lançar mão de uma ideologia maldosa de inversão de
responsabilidades. Do mesmo modo, pensar o ensino superior apenas como formação
para conseguir um emprego desconsiderando a formação humana integral e sua
contribuição para o desenvolvimento do país é uma perspectiva demasiadamente
reducionista.
Da chegada e expulsão dos Jesuítas até as mais recentes mudanças
na legislação educacional brasileira temos acumulado retrocessos que prejudicam
demasiadamente os poucos avanços conquistados. Sob a égide da modernização e
atualização o que se faz muitas vezes é criar mecanismos sutis para dificultar
o acesso da população menos favorecida a determinados cursos e conteúdos. Basta
mencionar, por exemplo, o histórico de retiradas e inserções nos currículos
escolares de disciplinas como Filosofia e Sociologia e a portaria 328 de 5 de
abril de 2018, que suspendeu por cinco anos a autorização para abertura de
novos cursos de Medicina, apesar de convivermos com a falta de médicos.
A demora em erradicar o analfabetismo, a universidade que tardiamente
foi criada no país, a situação precária de muitas escolas públicas atualmente,
os cortes e desvios de verbas públicas, inclusive da merenda escolar, o descaso
com as universidades públicas, a nomeação de reitores por razões ideológicas
são alguns dos elementos que podem auxiliar na compreensão de nossa situação
educacional e seu histórico de negação e sabotagens.
Outro elemento desse negacionismo revestido de preconceitos
aparece também no histórico de nossa legislação educacional. A lei de 15 de outubro
de 1827, por exemplo, que representa um grande avanço, pois mandava criar
escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos
do Império, no seu artigo 12, proibia que as mestras estudassem noções de
geometria e limitava para elas a instrução da aritmética apenas às quatro
operações.
Não obstante os vários exemplos de países que alcançaram seu
desenvolvimento econômico e social por meio da ampliação generalizada do acesso
à educação em todos os níveis, no Brasil a manutenção de privilégios de classe
passa pela negação e sabotagem do sistema educacional. Como ocorre também em
outros setores, na educação as políticas não são de Estado, mas de governos que
preferem ser subservientes aos interesses daqueles que os financiam, independentemente
dos prejuízos causados ao país.
(*) Luís Fernando Lopes é Mestre e Doutor em Educação e Professor da Área de Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER
-
EDITAL Prezados (as) Senhores (as): CLIENTES CPF/CNPJ CONTRATO QUADRA LOTE EDITAL Prezados (as) Senhores (as): CLIENTES CPF: CONTRATO QUAD...
-
EDITAL Prezados (as) Senhores (as): CLIENTES CPF/CNPJ CONTRATO QUADRA LOTE EDITAL Prezados (as) Senhores (as): CLIENTES CPF: CONTRATO QUAD...