terça-feira, janeiro 11, 2022

Caos na Rodovia Transamazônica, no trecho Itaituba-Jacareacanga

Denúncia foi feita pelo vereador Peninha, neste sábado, dia 08 de janeiro de 2022

"É uma vergonha e falta de responsabilidade o que vem acontecendo na Rodovia Transamazônica (BR 230), no sentido Itaituba-Jacareacanga". Assim classificou a situação que está sendo vivida hoje por quem trafega nesta rodovia federal, o vereador Peninha. 

Para o Edil, se o governo tivesse tomado providências antes da chegada do inverno, quando cobrou do Ministério da Infra-estrutura e do DNIT providências contra as empresas, não estaríamos vivendo este caos hoje. “Porém, a grande culpa desta situação são os órgãos do governo, que liberam milhões de reais e não fiscalizam a aplicação”, disse o parlamentar. 
“As empresas nos últimos anos já “comeram” mais de R$ 200 milhões para manutenção desta estrada e pouco fizeram, por isso que a situação é de precárias condições”, lamentou Peninha. “Só viajando nesta estrada para vermos o sofrimento diário das pessoas. “O pior, que nada é feito para coibir a liberação de milhões de reais para fazer o serviço que não é feito”, disse o Vereador. 
Revoltado com a situação, Peninha perguntou: “Até quando vamos ver esta situação? Não é possível que o governo, que tanto fala em combater a corrupção, permita que milhões de dinheiro sejam liberados para empresas que não aplicam no serviço para o qual foram contratadas. Com isso, quem sofre é o povo”, declarou o parlamentar. 

Revoltado com a situação, Peninha perguntou: “Até quando vamos ver esta situação? Não é possível que o governo, que tanto fala em combater a corrupção, permita que milhões de dinheiro sejam liberados para empresas que não aplicam no serviço para o qual foram contratadas. Com isso, quem sofre é o povo”, declarou o parlamentar. 

Fonte: Portal Santarém

Polícia Rodoviária Federal começa a atuar em Itaituba ainda em janeiro

Estão contados os dias dos condutores de veículos, que gostam de pilotar motos sem capacete, ou dirigir carros de qualquer maneira, colocando suas vidas e a de terceiros em risco, por quê a PRF está chegando de volta à Itaituba, de onde nunca deveria ter saído.

A Policia Rodoviária Federal- PRF deverá começar ainda este mês de janeiro, o serviço de fiscalização no município de Itaituba. A informação foi divulgada na manhã desta terça feira, 11/01/22, em uma entrevista coletiva concedida à imprensa, na Prefeitura Municipal , pelo Superintendente Regional da PRF, AMILKA OLIVEIRA.

Segundo ele, está previsto para o dia 24/01/22, a chegada de uma equipe de 30 agentes da PRF, já para dar inicio aos trabalhos de fiscalização na Rodovia Transamazônica BR-230 e também na BR-163, (Santarém/Cuiabá).

Segundo o superintendente, a delegacia da PRF em Santarém recebeu do último concurso, 46 agentes, desses 30 serão deslocados para trabalharno Posto Avançado de Itaituba. 

Os agentes serão divididos em 04 equipes, tendo à disposição 04 viaturas, com o turno de trabalho 24h/72h, (24h de trabalho/72 de folga).  

A base física da Polícia Rodoviária Federal irá funcionar em uma casa na área do aeroporto de Itaituba, cedida pelo município. A mesma está passando por uma por reforma geral para abrigar os agentes. 

Após a coletiva, AMILKA OLIVEIRA esteve juntamente com o prefeito em exercício NICODEMOS AGUIAR e o Secretário de Maio Ambiente BRUNO ROLIM visitando o local. 

Fonte: Jr. Ribeiro
Edição de texto: Jota Parente

Generais do Exército rejeitam crise da vacina, blindam comandante e tentam isolar Bolsonaro

Documento com diretrizes sobre imunização é burocrático e dispensa explicações, na visão de militares do Alto Comando

Generais que integram o Alto Comando do Exército consideram que o incômodo do presidente Jair Bolsonaro (PL) com diretrizes básicas para a pandemia não provocou nem mesmo uma minicrise entre os militares e o governo.

Esses oficiais, ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato, afirmam que o documento produzido pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi uma peça burocrática, sem motivo para um novo capítulo de estremecimento das relações entre Bolsonaro e o comando da Força.

A cúpula do Exército atuou para blindar o comandante no episódio, após o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, entrar no circuito.

estabelece diretrizes favoráveis a vacinação, uso de máscaras, distanciamento social e compartilhamento de informações corretas na atual fase da pandemia. Bolsonaro é um negacionista em relação aos quatro itens.

Braga Netto foi o interlocutor das insatisfações do presidente, embora pessoas ligadas ao ministro afirmem que não houve exigência para a elaboração de uma nota pública.

A ideia acabou sendo abortada, pelo menos até agora, diante da constatação de que um esclarecimento não se fazia necessário. Uma nota alimentaria uma crise que, na visão de generais do Alto Comando, não existia nem deveria existir.

Esses militares repisaram ao longo da sexta-feira (7) que as diretrizes do comandante do Exército eram administrativas e seguiam linha já adotada por seu antecessor no cargo, general Edson Leal Pujol, no ano anterior.

As orientações são semelhantes no caso de uso de máscaras, distanciamento social sempre que possível e vedação do compartilhamento de fake news sobre a pandemia.

A inovação ocorre em relação à vacinação, pela razão óbvia de que a campanha de imunização deslanchou ao longo de 2021.

Neste caso, ainda segundo a informação repisada na sexta, o comandante do Exército usou como base uma diretriz do próprio ministro da Defesa.

Assim, se Bolsonaro fosse levar adiante a queixa contra o ato do Exército, deveria estendê-la a seu ministro da Defesa, conforme integrantes da Força. Braga Netto foi colocado no cargo para atender aos interesses diretos do presidente.

No dia seguinte, o próprio Bolsonaro tornou público um encontro dele com o comandante do Exército. E disse não ter existido qualquer exigência de retificação ou explicação.

"Não, exigência nenhuma. Não tem mudança. Pode esclarecer. Hoje [sábado, 8] tomei café com o comandante do Exército. Se ele quiser esclarecer, tudo bem, se ele não quiser, tá resolvido, não tenho que dar satisfação para ninguém de um ato como isso daí. É uma questão de interpretação", afirmou o presidente, em entrevista a jornalistas.

Fonte: Folhapress

No dia do aniversário de 78 anos, vereador assume a presidência do São Raimundo de Santarém

Junior Tapajós assume o clube pelos próximos três anos

Pantera sob nova direção: a cerimônia de mudança da diretoria do clube foi realizada no domingo (9) durante a programação de 78 anos do Pantera, o Vereador da cidade de Santarém, Junior Tapajós assume a equipe até o ano de 2025. 

Além da apresentação a programação de aniversário do clube contou com um torneio amistoso e um clássico contra o maior rival São Francisco na categoria máster, apresentação da diretoria e os parabéns ao clube. O dia de comemorações foi finalizado com um almoço e muita música.

Nova diretoria, velhos conhecidos

Apesar do novo anuncio os cartolas da equipe santarena já estão bem familiarizados com o clube, Junior Tapajós fez parte da diretoria nos anos de 2009 e 2010 em que o clube alcançou sua maior conquista sagrando-se o primeiro campeão da série D do Brasileirão. Desde então ele seguiu como conselheiro. 

O restante da chapa conta com Sandro Lopes, que era o vice esportivo e agora assume a vice-presidência geral, Adelson Branches segue como diretor social, Lenilson Almeida que também estava na antiga gestão é o diretor de esporte. Jurandir Lopes, Arnaldo filho, Alberto Tolentino e o ex-presidente Luiz Bernadino compõe a mesa nos cargos de diretor administrativo, diretor de relações públicas diretor financeiro e diretor de patrimônio.

Fonte: O Liberal

Empresas britânicas cortam salários de não vacinados

Funcionários que não se imunizaram contra a covid e precisam se afastar vão receber menos

Não vacinaou, vai doer no bolso. Três empresas no Reino Unido anunciaram a redução no auxílio-doença de funcionários não vacinados que devam se isolar depois de ter contato com alguém contaminado com o coronavírus. As informações são do Financial Times.

A Ikea, gigante mundial do setor de móveis, com mais de 10.000 funcionários, disse que irá reduzir o valor pago aos empregados afastados para o mínimo legal de 96,35 libras por semana.

“Os funcionários não vacinados sem circunstâncias atenuantes que tenham sido identificados como contatos próximos de um caso positivo receberão apenas o auxílio-doença obrigatório”, disse a empresa em comunicado.

A concessionária de água e esgoto do Reino Unido Wessex Water e a administradora de supermercados Wm Morrison também estabeleceram a medida.

A partir desta segunda-feira (10)), os salários de auxílio-doença dos funcionários que não se imunizaram contra a covid-19 serão reduzidos.

“As faltas devido à covid dobraram na última semana, então precisamos que todos estejam disponíveis para que possamos continuar a fornecer serviços essenciais ininterruptos de água e esgoto”, disse comunicado da Wessex Water.


Justiça Federal anula fraude que ameaçava sobrevivência de comunidade ribeirinha no Sudoeste do Pará

Decisão atende pedidos do MPF em ação que trata de área onde ribeirinhos vivem há mais de 150 anos

A Justiça Federal anulou uma fraude que levou à apropriação ilegal – a chamada grilagem – de quase 563 mil hectares (cada hectare tem uma área aproximada de um campo oficial de futebol) no sudoeste do Pará. A área é ocupada por povos tradicionais. Por causa da fraude, essas comunidades vinham enfrentando ameaças de expulsão e tentativas de invasão de suas terras. 

Proferida no último dia 17, a sentença anulou a documentação fraudulenta, declarou a área como de dominialidade pública federal e condenou as empresas Madeireira São João, Agricultura e Pecuária Irmãos Marochi e Brasnort Administração de Imóveis e Colonização ao pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos. 

A sentença também confirmou a decisão urgente (liminar) publicada em 2006, ano em que o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou a ação. A decisão liminar proibiu réus de tentar tomar posse da área, tornou indisponíveis as matrículas das terras griladas, além de ter suspendido processos de regularização fundiária dessas áreas. 

A conduta aqui analisada envolve décadas de alienações ilegais, erro cartório, judiciário, administrativo, além da má-fé dos requeridos mediante violação da higidez [conformidade legal] do sistema registral, necessário para a garantia de segurança jurídica a diversas relações. Portanto, trata-se de uma série de omissões e ações praticadas por particulares, cujos prejuízos econômicos, sociais e ambientais se prolongaram por décadas (...)”, registra a sentença. 

Proteção a Montanha e Mangabal – Entre as comunidades tradicionais prejudicadas pela grilagem está a das famílias de ribeirinhos – também chamados de beiradeiros – do projeto de assentamento agroextrativista Montanha e Mangabal, em Itaituba (PA), que tem área de 54,4 mil hectares. 

Durante as investigações que deram origem à ação judicial, o MPF coordenou a elaboração de um levantamento socio-ocupacional da população de Montanha e Mangabal executado pelos pesquisadores Wilsea Figueiredo e Maurício Torres, da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Para provar que a posse da terra é coletiva, foram feitas árvores genealógicas até a 8ª geração de ascendentes de moradores da comunidade. Os beiradeiros são descendentes de antigos seringueiros atraídos para a Amazônia pela febre da borracha no século 19 e ocupam a área há pelo menos 150 anos. 

Outra vertente do estudo foi a ambiental. O relatório final indicou que as famílias estimulam a biodiversidade, principalmente ao buscarem cultivar grandes variedades de espécies de plantas. Só de mandioca são utilizadas mais de 30 espécies, cada uma para usos nutricionais e medicinais diferenciados. 

A pesquisa encomendada pelo MPF foi avaliada pelo professor de Direito da UFPA José Heder Benatti, doutor em Desenvolvimento Socioambiental, que deu parecer confirmando a posse coletiva da terra. A ação do MPF também contou com a contribuição da consultoria jurídica do então Ministério do Desenvolvimento Agrário. 

Processo nº 0000512-39.2006.4.01.3902 – Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal em Itaituba (PA) 

Com informações do MPF 
Fonte: Portal Santarém 

sábado, janeiro 08, 2022

1ª Expedição: Gasolina no C:ambio Negro

      Até a viagem de motocicleta para o Alaska, muita coisa ainda precisa ser feita, a maior de todas, a viabilização financeira, que está em andamento, mas, que ainda falta um percentual considerável, abaixo de 55%. E enquanto não chegar a hora de subir na moto, eu vou contando algumas histórias das aventuras passadas, começando pela primeira.

            Sábado, 11 de outubro de 2008. Os 785 quilômetros de Manaus até Boa Vista foram bem complicados. Para começar, estávamos iniciando (em 11/10/08) a grande jornada, que consistia em dar a volta de motocicleta pela América do Sul. Saímos de Manaus às seis horas, pegando a BR 174. Nos primeiros 200 quilômetros a gente trafegou por uma rodovia em boas condições, o que nos permitiu avançar bastante. Depois disso, principalmente na grande área da reserva dos índios Ianomâmi, enfrentamos uma buraqueira que parecia não ter fim. Os trabalhos de manutenção não passavam por lá há muito tempo.

            No quilômetro 385 uma nuvem negra avisou-nos que a chuva estava chegando. Eu tinha capa, mas, decidi não usar; o Jadir ainda não tinha comprado a sua. A chuva era certa, mesmo porque estava chovendo bastante naqueles dias por aquelas bandas. Mesmo assim, decidimos encarar. Às nove da noite, quando finalmente chegamos à capital do Estado de Roraima, já não chovia.

            José Maria, empresário muito bem de vida, que nos anos oitenta trabalhou em Itaituba, com o então poderoso empresário Zé Arara, foi nos receber no terminal rodoviário, local que acertamos para nos encontrar. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma estada magnífica em Boa Vista. Para nossa sorte o domingo foi de muito sol, o que fez com que tudo enxugasse.

            Na estrada rumo à fronteira com a Venezuela, um vento lateral que sopra do Monte Roraima, que pode passar de setenta quilômetros, foi um companheiro à parte, que exigia cuidados. Com motos leves (eu na XTZ 125 e o Jadir na BROS 150), foi precisa tomar cuidado, pois o vento empurra a gente para o outro lado da estrada, e se bobear, nos momentos em que está mais forte, tira o piloto da rodovia.

            Ao chegarmos a Pacaraima, na fronteira, fomos procurar o vigário, na tentativa de economizar na hospedagem. Entramos na residência do padre Jesus, que alquebrado pelos seus quase 70 anos, veio nos atender visivelmente nervoso. Ele tremia, enquanto ouvia nossa história, parecendo estar diante de dois bandidos com armas apontadas para ele.

Quando perguntamos se poderia nos acolher por aquela noite, foi logo nos dizendo que havia uma ordem expressa do bispo de Boa Vista proibindo alojar qualquer pessoa que não fosse diretamente ligada à Igreja Católica. O motivo: em Caracaraí, o padre local deu abrigo a três jovens, que durante a noite roubaram tudo que puderam.

É realmente muito barato. Só que brasileiro não pode abastecer lá em Santa Elena. Depois, nas próximas cidades, sim, não tem problema. Isso fez com que saíssemos atrás de alguém que vendesse no câmbio negro. Foi uma luta conseguir um contrabandista de gasolina e quando conseguimos o cara não queria vender, pois a quantidade era de apenas 20 litros, enquanto ele só gostava de vender a partir de 50 litros. O próprio Ramon, o cara que nos atendeu, confessou que conseguia a gasolina através de militares venezuelanos, que são responsáveis pelo controle da venda. Disse-nos ele que a corrupção nesse setor é muito grande em todo o país.

Depois de muita conversa o Ramon Quezadas resolveu nos atender, mas, aí começou outra novela. Ele subiu numa moto velha junto com um amigo e mandou que a gente o seguisse. Rodamos por uns 15 quilômetros, saindo da cidade, entrando por caminhos esquisitos. Chegamos a pensar que aquilo era uma armação e poderíamos nos dar mal. Por último ele dobrou numa ruela muito estreita e mal conservada, no final da qual havia uma casa com um monte de tambores de 200 litros.

O Ramon abriu um deles e encheu os nossos tanques, cobrando um Real por litro. Pagamos em Real, mesmo e seguimos de volta para o centro de Santa Elena, para dar uma olhada no comércio, já que se trata de zona de livre comércio. Seguimos viagem, pernoitando em San Izidro, numa região de garimpos de ouro.

Jota Parente